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quinta-feira, 23 de maio de 2024

De JK a Lula: Fidel Castro visitou o Brasil 12 vezes

Lula e Fidel Castro se encontra em São Paulo no ano de 1989 | Foto: Paulo Pinto

Por Adolfo Curbelo Castellanos no Brasil de Fato

Poucos são os que sabem que a Revolução Cubana ainda não completara quatro meses de vida e o comandante Fidel Castro desembarcava… no Brasil! Sim, no dial 29 de abril se completou 65 anos desde a primeira de 12 viagens ao Brasil do Líder da Revolução Cubana, naquela época o ainda primeiro-ministro Fidel Castro Ruz.  

Fidel permaneceu uma semana em território brasileiro e realizou um intenso programa em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Nas reuniões, defendeu a unidade e a integração latino-americanas; enfatizou o status do Brasil como potência e, de forma um tanto profética, suas possibilidades de estimular a criação de um mercado comum que possibilitasse o desenvolvimento econômico do continente. 

Em Brasília, na lanchonete futurista concebida pelo gênio de Oscar Niemeyer, ele teve um encontro memorável com o presidente Juscelino Kubitscheck (JK) no Palácio da Alvorada. O ar aberto e sorridente entre os dois chefes de Estado que aparece impresso é um retrato fiel da relação cordial que unia os dois países. 

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Rússia inaugura monumento em homenagem a Fidel Castro

Monumento em homenagem a Fidel Castro na Rússia | Foto: RT

Por Sturt Silva 

Os presidentes de Cuba e Rússia, Miguel Díaz-Canel e Vladimir Putin, inauguraram hoje (22) um monumento dedicado a Fidel Castro, líder histórico da Revolução Cubana, em um bairro de Moscou. 

 A cerimônia acontece durante a visita oficial do presidente cubano à Rússia.

A escultura ficará em uma praça da capital russa que já leva o nome do líder revolucionário cubano. Ela é de bronze e tem três metros de altura, sendo que Fidel está de uniforme militar sobre um bloco de pedra que tem o mapa de Cuba. 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Segunda Declaração de Havana: povo cubano escolhe construir o socialismo

Fidel Castro durante a Segunda Declaração de Havana | Foto: Prensa Latina 

Por Sturt Silva 

No dia 4 de fevereiro de 1962, mais de 1 milhão de cubanos se reuniram na Praça da Revolução na capital do país e aprovaram a Segunda Declaração de Havana após pronunciamento de Fidel Castro.

A Declaração foi uma resposta à expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) durante a reunião da OEA em Punta del Este, Uruguai, em 31 de janeiro daquele mesmo ano, devido à pressão de Washington, que estava tentando isolar a nascente Revolução.

O texto expressava a vontade inabalável de autodeterminação do povo cubano e seu objetivo de construir o socialismo, apesar das agressões dos EUA. 

Foi aprovada quase dois anos depois da Primeira Declaração de Havana, grande reação pioneira da Revolução contra ações imperialistas e anterior da declaração do caráter socialista, ocorrida em 16 de abril de 1961. 

No dia anterior, em 3 de fevereiro de 1962, o Presidente dos Estados Unidos -  John F. Kennedy - assinou a Ordem Executiva 3447, que formalizou o bloqueio contra à ilha revolucionária. 


"Segunda Declaração de Havana"

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Há 60 anos, Fidel Castro declarava Cuba território livre do analfabetismo

Campanha cubana de alfabetização em 1961 | Foto: EcuRED

Por Sturt Silva 

No dia 22 de dezembro de 1961, Fidel Castro declarava Cuba livre do analfabetismo, alcançando assim um sonho que se iniciara em 1960 com a campanha massiva de alfabetização de iniciativa de Che Guevara.  

A campanha que mobilizou 270 mil voluntários cubanos alfabetizou cerca de um milhão de pessoas em menos de um ano. Hoje, praticamente 100% dos cubanos podem ler e escrever.

Por isso Cuba celebra no dia 22 de dezembro o dia do educador, recordando assim a façanha realizada por aqueles milhares de voluntários que tornara Cuba o primeiro território da América Latina livre do analfabetismo.

A campanha vitoriosa mostrou que a educação de um povo é um acontecimento que depende fundamentalmente da participação organizada e massiva do próprio povo e de suas organizações. 

Leia também:
 
Cuba, impulsionada por Fidel Castro, é hoje exemplo em matéria de educação para o mundo, principalmente por sua condição solidária que estende a quem precisa o seu método de alfabetização "Sim, eu posso", que já alfabetizou mais de 10 milhões de pessoas em vários países. 

Direito de Cuba 

Sobre o tema assista o vídeo de Márcia Choueri:

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Maior campeão olímpico na luta: "É graças à Revolução e a Fidel que estamos aqui"

Mijaín López, que venceu em Pequim, Londres e Rio, entra para história ao ser tetracampeão em Tóquio 2020
Foto: JIT Cuba 

Do Opera Mundi 

O cubano Mijaín López conquistou sua quarta medalha de ouro olímpica nesta segunda-feira (02/08) nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, um feito histórico na luta greco-romana após derrotar o georgiano Iakobi Kajaia na final de até 130 kg.

Nunca antes um atleta havia ganhado quatro medalhas de ouro na modalidade. Até esta segunda, Mijaín compartilhou com o russo Alexander Karelin a conquista de três títulos na categoria. 

Após sair vitorioso da final, o vencedor agradeceu a todos pelo apoio e a "força que foi transmitida de Cuba" durante os jogos de Tóquio 2020. Em especial, López agradeceu ao ex-presidente cubano Fidel Castro, dedicando sua quarta conquista ao líder da Revolução Cubana: "hoje, somos merecedores graças a ele".

Para ele, Fidel foi quem levou "pela primeira vez" o esporte a Cuba. "Acredito que hoje somos merecedores desses resultados graças a ele e graças aos esforços que ele fez para que nossa Revolução seguisse adiante", afirmou López declarando que, agora, os cubanos "levam essas honras" para o mundo todo, "reconhecendo cada dia mais nossa bandeira que é poderosa".

"É um triunfo para Cuba. E é graças à Revolução e a Fidel que estamos aqui hoje. Eu dedico minha vitória a ele. Sem a visão dele para o movimento esportivo não estaríamos aqui hoje", disse. 

O cubano, que com 38 anos disputou sua última edição das Olimpíadas, começou a trajeto vitorioso em Pequim 2008, vencendo em Londres 2012 e na Rio 2016. Além das quatro medalhas de ouro  consecutivas, López também detém cinco títulos mundiais na luta greco-romana.


sábado, 17 de abril de 2021

Vitória de Cuba socialista: EUA tentaram matar Raúl Castro e não conseguiram

Raúl Castro na abertura do VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba | Foto: Estudios Revolución 

Por Sturt Silva 

Documentos secretos divulgados na semana em que ocorre o VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba, que marca a aposentadoria política de Raúl Castro, confirmam a tentativa de assassinato dos líderes da Revolução Cubana, ex-presidentes do país,  Fidel Castro (1976-2006) e Raúl Castro (2006-2018), na década de 60. 

A CIA contratou um piloto para matar Raúl Castro num voo entre Praga e Havana. A intenção era simular um acidente de avião e acabar com a vida do líder cubano. Felizmente, o piloto de nome José Raúl Martínez, recrutado pela CIA como informante em Cuba, não teve oportunidade de arrumar um acidente como haviam combinado com os estadunidenses. 

Tentativas de matar Fidel Castro 

Os documentos também mostram tentativas de assassinar Fidel Castro.

Segundo reportagem do site Sputinik Brasil, que analisou os documentos, a CIA "desenvolveu uma pílula que tinha os elementos de solubilidade rápida, alto conteúdo letal e pouca ou nenhuma rastreabilidade". Seis unidades foram produzidas e seriam dadas a Fidel misturadas com bebida ou algum alimento. 

domingo, 20 de setembro de 2020

A verdade oculta: Como é o acesso à internet em Cuba?

 

Cuba tem entre 6,5 e 7,5 milhões de usuários de internet | Foto: Brookings 

Por Jasely Fernández Garridono no Brasil de Fato

O uso da Internet e das redes sociais pela população cubana tem sido objeto de manipulação dos meios de comunicação para fins políticos, uma manipulação empreendida por inimigos da Revolução Cubana, especialmente os EUA. Alguns salientam que a Internet permite o acesso a informações confidenciais e oferece canais de amplificação de vozes dissidentes que o governo cubano prefere não enfrentar. Isso explica as limitações de conectividade que afetam a ilha há anos e, geralmente, quando fazem uma avaliação do problema, sugerem uma estagnação, sem levar em consideração, deliberadamente, as mudanças que ocorrem nesse sentido.

O objetivo claro dos opositores é espalhar a imagem de um país parado no tempo, que reprime as possibilidades de informação e expressão da população. Esta é uma visão deliberadamente distorcida da realidade. É evidente a vontade política da alta liderança do governo cubano, com  esforços e recursos investidos para desenvolver a infraestrutura necessária e garantir o acesso dos cubanos e de suas instituições à Internet.

Para uma melhor compreensão deste assunto, é necessário recorrer aos antecedentes que demonstram e explicam o desenvolvimento gradual, mas constante, desse setor de informação e comunicação em Cuba. É em 1996 que o país consegue se conectar à rede por meio de um link de satélite. Isso ocorreu no contexto das limitações causadas pela política agressiva dos EUA contra Cuba, que há décadas impõe inúmeros obstáculos ao desenvolvimento da Internet no país.

Portanto, a relação entre Cuba e a Internet não faz parte de um fenômeno que possa ser isolado das relações entre a Ilha e os Estados Unidos. O intenso bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba, intenso, abrangente e extraterritorial, impediu direta e decisivamente o acesso aos canais de comunicação e a aquisição de tecnologia essencial.

Deve-se acrescentar que, para adquirir esses recursos de alta tecnologia, geralmente com componentes estadunidenses – aos quais o país caribenho não pode ter acesso de acordo com as leis restritivas dos EUA –, Cuba deve recorrer a mercados distantes, pagar um frete alto e sob o risco de ser sancionado pelos fornecedores, o que torna a aquisição do produto mais cara.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

O legado de Fidel Castro: médicos cubanos no combate à COVID-19 no exterior

Fidel Castro de jaleco branco | Foto: Cuba Debate
Por Ekaterina Blinova no Dossier Sul

A Brigada Médica Internacional Henry Reeve, de Cuba, tem sido bastante procurada em todo o mundo em meio à pandemia da COVID-19. O Dr. Manuel Limonta, vice-presidente da Academia Mundial de Ciências (TWAS) e um dos fundadores da biotecnologia em Cuba, explicou como o país conseguiu criar uma equipe eficiente de atendimento em eventos de desastres, apesar do ônus do embargo.

Profissionais cubanos de medicina para casos de desastres foram enviados para pelo menos 20 países até agora, incluindo Itália, Andorra, Angola, Venezuela e muitos outros países que estão lutando conta a Covid-19. 

No entanto, os esforços heroicos dos médicos cubanos receberam pouco ou nenhum reconhecimento da grande mídia ocidental, que aborda a questão apenas para alertar que "a prática da ilha comunista de exportar trabalhadores médicos tem um lado sombrio" e que "permite que Havana explore a moeda forte do vírus apenas para fortalecer a repressão em dentro de suas fronteiras".

Décadas de trabalho humanitário de sucesso

No final de março, Cuba enviou 52 médicos e enfermeiros para a Itália, o país europeu mais atingido pela doença.

Os voluntários médicos do país, que estavam entre os primeiros a responder ao surto de COVID-19 em Wuhan, há alguns meses, também foram enviados para a Venezuela, Belize, Nicarágua, Haiti, Jamaica e muitos outros países.

Não é a primeira vez que a nação insular socorre os necessitados: em 2014, ofereceu mais de 460 médicos e enfermeiros à África Ocidental para lidar com o surto do Ebola; ajudou o Haiti a combater a cólera e lidou com as consequências do terremoto de 2010; ajudou as vítimas do furacão Mitch na América Central em 1998; tratou mais de 25.000 crianças por envenenamento por radiação após a tragédia de 1986 em Chernobyl; e prestou assistência médica urgente ao Chile após um terremoto em 1960, para citar apenas alguns episódios.
Segunda brigada médica cubana chega à Itália | Foto: Heidy Villuendas Ortega
"O contingente da Brigada Henry Reeves possui um histórico reconhecido internacionalmente de assistência a muitos países em casos de doenças, desastres e outros fenômenos naturais", diz o Dr. Manuel Limonta, vice-presidente da Academia Mundial de Ciências (TWAS) e um dos fundadores dos Centros de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB). "É um contingente de médicos que, voluntariamente, demonstram sua consciência humanística e seu amor pela medicina em sua tentativa de apoiar outros países necessitados".

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Fidel Castro declara o caratér socialista da Revolução Cubana

Em 16 de abril de 61, no enterro das vítimas de um ataque dos EUA, Fidel Castro declara
o caráter socialista da Revolução Cubana | Foto: Fidel: soldado das ideias 
Por Antonio Mata Salas no Causa Operária 

A história da agressão de Playa Girón não é apenas um evento histórico importante e não apenas traduzido em uma grande vitória para a Revolução Cubana e uma grande derrota do imperialismo, mas também, por ocasião dessa invasão, o personagem foi proclamado socialista da Revolução Cubana

Há 59 anos, a Revolução Cubana estava às vésperas da invasão mercenária organizada e financiada pelos Estados Unidos com o objetivo de derrubá-la. Eles já haviam cometido atos de sabotagem e terrorismo contra estabelecimentos comerciais com um grande fluxo de público, queima de canaviais, entre outras ações.

Três meses antes da invasão, o presidente Dwight Eisenhower cortou as relações diplomáticas com Cuba e deu ordens à CIA para se preparar para a invasão. Seu sucessor John Kennedy, que assumiu o cargo em janeiro de 1961, deu luz verde ao ataque planejado anteriormente, mas se recusou a envolver as forças armadas dos EUA.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Cuba: exemplo no combate à fome para outros países da América Latina [vídeo]

Assista: As principais conquistas da Revolução Cubana e o bloqueio dos EUA contra o povo cubano!
Boulos, filósofo e coordenador do MTST 
Por Sturt Silva

Depois de visitar Cuba, o filósofo e professor brasileiro Guilherme Boulos fez um vídeo sobre a ilha socialista. Em 10 minutos, Boulos falou sobre a situação de Cuba, as vitórias da Revolução, o bloqueio econômico, o motivo dos EUA não invadir à ilha e como Fidel Castro era mais esperto que a CIA. 


⏩0:48 - Situação de Cuba;
⏩1:20 - As vitórias da Revolução Cubana;
⏩4:25 - Por que os EUA nunca invadiram Cuba?
⏩5:05 - O bloqueio econômico dos EUA contra Cuba;
⏩7:40 - Fidel Castro enganando os EUA.

As principais conquistas de Cuba socialista levantadas por Boulos no vídeo foram:

domingo, 1 de março de 2020

Bernie Sanders elogia Cuba: saúde, educação e presença de médicos pelo mundo

Democrata Bernie Sanders se intitula socialista 

O senador estadunidense Bernie Sanders reconheceu “o papel de Cuba ao enviar médicos por todo mundo”. 

“Estão enviando médicos para o mundo todo. Têm feito progressos na educação”, ressaltou o senador por Vermont que aspira a enfrentar o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 3 de novembro.

“Seria um erro não declarar que Cuba tem feito bons avanços no cuidado com a saúde”, admitiu o político de 78 anos, um dos mais fortes aspirantes à indicação do Partido Democrata às eleições presidenciais de novembro, em uma entrevista concedida ao programa 60 Minutos da rede CBS.

Ocorre que o apresentador Anderson Cooper pediu ao atual aspirante à indicação da força azul que explicasse seus comentários de 1985, quando elogiou alguns dos programas sociais implementados pelo líder histórico da Revolução cubana Fidel Castro.

Segundo um videoclipe de mais de 30 anos, o senador disse naquele momento que Fidel Castro “educou as crianças, lhes deu atenção médica, transformou totalmente a sociedade”. Ainda deixou claro que seu “socialismo” não é o da Venezuela nem de Cuba e sublinhou que o tipo de sociedade na que crê é aquela que para ele existe em países como Dinamarca,Finlândia e Suécia, o legislador afirmou que é “injusto dizer simplesmente que tudo está mal” na ilha.

“Quando Fidel Castro chegou ao poder, sabes o que fez? Tinha um programa de alfabetização em massa”, enfatizou Sanders ao se referir à revolução cultural que permitiu em um ano (em 1961) erradicar o analfabetismo e facilitar o acesso universal aos diferentes níveis de educação de maneira gratuita no país caribenho. Em 17 de outubro de 1962, Fidel Castro anunciou durante a inauguração do Instituto de Ciências Básicas e Preclínicas Victoria de Girón, na capital cubana, a decisão do governo de oferecer ajuda no campo da saúde e declarou que se enviariam 50 médicos a Argélia.

“Hoje podemos enviar só 50, mas dentro de 8 ou 10 anos, quem sabe quantos, estaremos ajudando nossos irmãos”, advertiu então o líder cubano. Quase seis décadas depois, mais de 400 mil colaboradores da saúde da Maior das Antilhas têm cumprido missões em cerca de 164 países, enquanto com o mesmo desinteresse formaram-se na ilha de maneira gratuita 35 mil 613 profissionais desse campo de 138 nações.

Como era de se esperar, seus comentários provocaram a ira do setor mais extremista dos cubano-americanos no sul da Flórida, que se opõem a qualquer aproximação com a ilha caribenha. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Fidel Castro já mostrou o caminho para salvar o Planeta (+ vídeo)

Em discurso no Rio de Janeiro, Fidel Castro já alertava que o capitalismo está destruindo o planeta | Foto: RT
Por Sturt Silva

Durante um breve discurso na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992, o então líder cubano Fidel Castro alertou sobre o caos ambiental que atualmente ameaça a vida no planeta terra.

Na época, Fidel culpou as sociedades de consumo por serem a causa da  destruição do meio ambiente.

“As florestas estão desaparecendo, os desertos estão se espalhando, bilhões de toneladas de terra fértil acabam no mar todos os anos. Várias espécies estão se extinguindo. A pressão demográfica e a pobreza levam a esforços desesperados para sobreviver, mesmo à custa da natureza. Não é possível culpar os países do terceiro mundo, as colônias de ontem, as nações exploradas e saqueadas de hoje, por uma ordem econômica mundial injusta”, disse o líder histórico da Revolução Cubana.

Como solução para salvar a humanidade, o Comandante defendeu uma nova ordem mundial com desenvolvimento racional, sustentável e mais justo, com foco no fim da exploração dos países pobres pelos ricos.

"Se quisermos salvar a humanidade dessa autodestruição, teremos que fazer uma melhor distribuição das riquezas e das tecnologias disponíveis no planeta. Menos luxo e menos esbanjamento nuns poucos países para que haja menos pobreza e menos fome em grande parte da Terra. Não mais transferências ao Terceiro Mundo de estilos de vida e de hábitos de consumo que arruínam o meio ambiente. Faça-se mais racional a vida humana. Aplique-se uma ordem econômica internacional justa. Utilize-se toda a ciência necessária para um desenvolvimento sustentável sem contaminação. Pague-se a dívida ecológica e não a dívida externa. Desapareça a fome e não o homem", profetizou Castro.

Discurso de Fidel Castro na Conferência da ONU para Meio Ambiente - ECO-92


domingo, 22 de dezembro de 2019

Há 58 anos, Fidel Castro declarava Cuba território livre do analfabetismo

Manifestação durante a campanha de alfabetização, Havana, 1961 | Foto: PC USA
Por Sturt Silva 

No dia 22 de dezembro de 1961, Fidel Castro declarava Cuba livre do analfabetismo, alcançando assim um sonho que se iniciara em 1960 com a campanha massiva de alfabetização

Os 23,6% de analfabetos cubanos, de acordo com senso de 1953, converteram-se em 3,9% em 22 de dezembro de 1961. A campanha que mobilizou 270 mil voluntários cubanos alfabetizou cerca de um milhão de pessoas em apenas um ano. Hoje, 99,7% dos cubanos podem ler e escrever. 

Leia mais: 

Por isso Cuba celebra no dia 22 de dezembro o dia do educador, recordando assim a façanha realizada por aqueles milhares de voluntários que tornara Cuba o primeiro território da América Latina livre do analfabetismo.
A campanha vitoriosa mostrou que a educação de um povo é um acontecimento que depende fundamentalmente da participação organizada e massiva do próprio povo e de suas organizações.

domingo, 15 de dezembro de 2019

A “revolução ecológica” de Fidel Castro

Fidel Castro na Eco-92
Por Luiz Bernardo Pericás

Em tempos de neoliberalismo, avanço da extrema direita e aquecimento global, o exemplo de Fidel Castro continua a inspirar as novas gerações. Sua memória está mais viva do que nunca.

O líder revolucionário foi protagonista dos principais eventos da história cubana contemporânea: o ataque ao Quartel Moncada, a organização do Movimento 26 de Julho, a guerrilha na Sierra Maestra, o triunfo dos barbudos em janeiro de 1959, a invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos Mísseis, a fundação do novo PCC, o ingresso no CAME, a Operação Carlota, a batalha de Cuito Cuanavale, o esforço para trazer o menino Elián González de volta para os braços de seu pai, o apoio integral aos cinco patriotas… A lista é longa. Em todos esses episódios, ele atuou de maneira ousada e decidida.

O fato é que Castro lutou incansavelmente contra o imperialismo estadunidense, garantiu a soberania de seu país e consolidou o socialismo na ilha. Foi o maior estadista latino-americano do século XX. Seu comprometimento irrestrito com educação e saúde é notório. Menos conhecida, contudo, é a faceta ambientalista do dirigente caribenho.

O momento mais emblemático da postura de Fidel em defesa do planeta foi sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (conhecida como ECO 92 ou Cúpula da Terra), no Rio de Janeiro, em 1992. Como ele mesmo disse, em seu discurso histórico, naquela ocasião:

“É preciso salientar que as sociedades de consumo são as principais responsáveis pela atroz destruição do meio ambiente. Elas nasceram das antigas metrópoles coloniais e de políticas imperiais que, por sua vez, engendraram o atraso e a pobreza que hoje açoitam a imensa maioria da humanidade. Com apenas 20% da população mundial, elas consomem as duas terceiras partes dos metais e as três quartas partes da energia que é produzida no mundo. Envenenaram mares e rios, contaminaram o ar, enfraqueceram e perfuraram a camada de ozônio, saturaram a atmosfera de gases que alteram as condições climáticas com efeitos catastróficos que já começamos a padecer.

s florestas desaparecem, os desertos estendem-se, bilhões de toneladas de terra fértil vão parar ao mar cada ano. Numerosas espécies se extinguem. A pressão populacional e a pobreza conduzem a esforços desesperados para ainda sobreviver à custa da natureza. É impossível culpar disto os países do Terceiro Mundo, colônias ontem, nações exploradas e saqueadas hoje, por uma ordem econômica mundial injusta.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Fidel derrubou a ditadura em Cuba; Pinochet acabou com a democracia no Chile

Alende e Fidel Castro 
Por Breno Altman na Folha de São Paulo 

A Folha publicou, na sexta-feira (6), artigo do jornalista Fábio Zanini, intitulado “Se homenagem a Pinochet é vetada, por que a Fidel é permitida?”. O autor acolhe críticas contra homenagens ao ditador chileno, mas cobra repúdio de igual monta ao líder da Revolução Cubana.

Não é incomum esse tipo de abordagem, disfarçada de equidistância entre os extremos, destinada à edulcoração das ideias de direita. Tal narrativa faz parte do arsenal de certo pensamento liberal, cujo conflito com o fascismo costuma ser amortecido pela repulsa às experiências socialistas.

Zanini se abraça à tese dos dois demônios. Mas o texto exala contradições que desidratam seu ponto de vista. Reconhece que Fidel “liderou uma revolução popular, que derrubou um ditador”, enquanto Pinochet “deu um golpe sangrento contra um presidente eleito democraticamente”. O escriba, contudo, manda às favas o antagonismo das fontes de poder. Suas prévias conclusões, afinal, precisam sobreviver aos fatos.

Com algo a mais de honestidade intelectual, poderia ter registrado que Pinochet contou com o apoio praticamente irrestrito dos principais países capitalistas, enquanto Cuba foi submetida ao mais longo bloqueio econômico da história, patrocinado pelos Estados Unidos há quase 60 anos, que incluiu agressões militares (como a invasão da Baía dos Porcos em 1962) e inúmeros atentados da CIA contra a vida de Fidel Castro. Mas ganha um mojito quem achar menção de Zanini a esse respeito.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Livro dedicado a Fidel Castro terá lançamento pelo Brasil

Lançamento de "A culpa é de Fidel" em Salvador | Foto: Luciano Ribeiro 
Por Carlos Alberto Santana no Pátria Latina 

Lançado oficialmente em Salvador no último dia 10, no bar e espaço cultural Velho Espanha, nos Barris, o livro "A Culpa é de Fidel – Cuba: Cadernos de Viagens e Utopias" – do jornalista Valter Xéu, tem lançamentos previstos para o próximo mês de outubro.

Em Brasília, no dia 15, o lançamento acontece na UNB (Universidade de Brasília). Datas a confirmar estão previstas para lançamento nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Feira de Santana, Santa Cruz de la Sierra (edição em espanhol) e outras cidades da América Latina. 

Em Cuba, o lançamento acontece durante a Feira Internacional do Livro de Havana em fevereiro de 2020.

Na capital baiana, o livro A Culpa é de Fidel teve uma recepção calorosa. Emiliano José, escritor e professor da Universidade Federal da Bahia considerou que “o livro é uma mistura de diário e registro histórico já que o escritor relata suas conversas com Fidel entremeando com histórias vividas por ele e as dezenas de amigos que “cooptou” para viagens a Havana”. 

Outro escritor e jornalista baiano, Jolivaldo Freitas, avalia os Cadernos de Viagem como “um roteiro original para se chegar e andar em Havana já sabendo de antemão muito da história da cidade e de Cuba”. Para ele, Xéu, de tanto se esmerar na narrativa, “quase que tira o prazer de ter vontade de se visitar a ilha caribenha” afirma entre gargalhadas.


"A Culpa é de Fidel – Cuba: Cadernos de Viagens e Utopias" – é o primeiro livro de Valter Xéu e, a princípio, foi pensado para comemorar a fundação do jornal Pátria Latina – uma sugestão de Fidel Castro ao jornalista e um grupo de amigos durante um evento em Havana no Centro de Convenções em outubro de 2001. O Pátria Latina chegou a circular por três anos como um jornal impresso até se tornar exclusivamente eletrônico.

terça-feira, 23 de julho de 2019

26 de julho: dia da rebeldia nacional em Cuba

Ato pela comemoração do dia da rebeldia cubana em Santiago de Cuba | Foto: Yaciel Pena
Por Maria Leite 

“O que foi sedimentado em sangue, deve ser edificado com ideias”

A revolução cubana começou em 26 de julio, quando do assalto ao Quartel Moncada? Ou no dia primeiro de janeiro de 1959, depois a fuga do tirano Batista? Ou teve início nos vários levantes ocorridos na primeira metade do século XX, - as revoluções inacabadas -, que não atingiram seus objetivos, mas contribuíram para a construção da identidade dos cubanos? Uma corrente de historiadores defende que a revolução cubana começou em 1511, quando o cacique Hatuey, o primeiro rebelde das Américas, pegou em armas contra os colonizadores. 

Fidel Castro havia manifestado em diferentes ocasiões o rechaço à inoperância da oposição legal ao regime de Batista, que se limitava, em plena guerra fria, às denúncias no âmbito do congresso. Foi a partir deste contexto que Fidel e um pequeno destacamento, autodenominado Generación del Centenario, de diversas procedências geográficas e sociais, adotaram a estratégia insurrecional. Cem anos após o nascimento de Martí, para o grupo de jovens, atacantes de Moncada, era inaceitável tolerar passivamente que reinasse o despotismo e a entrega das riquezas da pátria cubana, sem atos de rebeldia, que o próprio Apóstolo da Independência demonstrara desde sua juventude. 

Dada a tradição de lutas anticolonialistas, que sempre caracterizou a parte oriental da Ilha, os insurgentes decidiram tomar os quartéis de Santiago. Do grupo, composto por 135 atacantes, 65 deles foram mortos, a maioria feitos prisioneiros e torturados. Fidel e um punhado de homens lograram alcançar as montanhas, porém em primeiro de agosto de 1953 foram presos pelo exército de Batista. Depois de dois meses de confinamento em solitárias, o jovem advogado de 27 anos decide assumir sua própria defesa, no manifesto conhecido como “A história me absolverá”.

sábado, 18 de maio de 2019

Reforma agrária que acabou com latifúndios em Cuba completa 60 anos

Momento em que Lei da Reforma Agrária foi assinada por Fidel Castro, em 17 de Maio de 1959 / Foto: Granma

Em 17 de maio de 1959, pouco mais de 4 meses após a Revolução Cubana retirar o ditador Fulgencio Batista do poder e instalar um governo revolucionário, o país caribenho assinava uma das mais importantes medidas do novo Estado: a Lei da Reforma Agrária, responsável por colocar fim aos grandes latifúndios que operavam no país.

A diligência foi assinada por Fidel Castro, então primeiro-ministro de Cuba e um dos principais líderes da Revolução. A disposição estabeleceu que os documentos de propriedade das terras fossem entregues aos camponeses, retirando os territórios do mando das grandes empresas que atuavam na região.

“A Revolução, ao proclamar a Reforma Agrária em 17 de maio de 1959, libertou as massas camponesas e as massas trabalhadoras da exploração: 100 mil arrendatários e posseiros tornaram-se proprietários sob a lei”, disse Fidel em discurso proferido em 1984, quando a aplicação da lei completou 25 anos.

A medida estabeleceu a criação do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA), que passou a fiscalizar e redistribuir a posse das terras. Antes da lei, 57% das terras estavam nas mãos de cerca de 3% dos proprietários, enquanto aproximadamente 126 mil trabalhadores ocupavam somente 15% dos territórios restantes.

Com o início da reforma agrária, ficou estipulado que o limite do tamanho das terras passaria a ser de 30 caballerias (aproximadamente 400 hectares) por proprietário. O excedente expropriado foi entregue aos camponeses. Aproximadamente 100 mil deles foram beneficiados imediatamente pelas medidas.

Após a lei, originou-se também um setor nacionalizado da agricultura, que passou a controlar cerca de 33% das terras. Os grandes proprietários que tiveram suas posses afetadas receberam uma indenização do governo.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Assista: Como Cuba derrotou a invasão norte-americana de 1961?

Outdoor em Cuba: "Pátria ou Morte como em Girón " | Foto: Anticonquista
Por Sturt Silva 

Em abril de 1961, as forças militares de Cuba - chefiadas por Fidel Castro - derrota a invasão da Baía dos Porcos por tropas contrarrevolucionárias treinadas, financiadas e armadas pelos Estados Unidos, sob o comando direto da CIA.

Assista no vídeo do jornalista Breno Altman:

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Foto de Fidel Castro ao lado de Lula é vendida em leilão

Lula e Fidel Castro em 1989 | Foto: Luiz Prados
Por Sturt Silva

Leilão realizado em São Paulo e João Pessoa, no último dia 3, promovido por um grupo de 43 fotógrafos, arrecadou cerca de 623.900 reais com a venda de 50 fotografias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro será doado para o Instituto Lula.

O evento faz parte de uma campanha que defende a liberdade de Lula. Todas as fotos foram autografadas por Lula e pelos fotógrafos, e cobrem mais de 40 anos da vida do metalúrgico que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores e viria a presidir o Brasil entre os anos 2003 e 2010. Há desde registros de um jovem Lula discursando na greve do metalúrgicos no ABC Paulista, em 1979, até momentos das campanhas eleitorais e da véspera da prisão do petista. O lance mínimo no leilão era de 1.313 reais. Leia reportagem sobre o leilão aqui.

A foto (acima) de um encontro de Lula com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, foi vendida por 18 mil reais. Clicada por Luiz Prados trata-se de um encontro de Lula e Fidel durante uma reunião com partidos de esquerda da América Latina, em São Paulo, no ano de 1989.

O foto mais cara do leilão foi justamente a do dia da prisão de Lula, em 7 de abril de 2018, onde o petista aparece carregado por uma multidão de apoiadores em frente do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo/São Paulo. A imagem foi feita pelo fotógrafo Paulo Pinto e vendida por 65.000 reais.

Veja os valores:

Com informações do El País, Rede Brasil Atual e site Leilão Lula Livre.