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segunda-feira, 15 de julho de 2019

"Só no socialismo e no comunismo que o ser humano atinge a plena dignidade"

"Viva a Revolução" | Lênin, Che, Fidel e Marx
Por Raúl Antonio Capote no Granma

O socialismo se parece com o homem, assim como o fascismo é a negação do homem. O socialismo é "o caminho" não isento de erros para o comunismo, é um caminho de justiça cheio de obstáculos, marcado por desafios, retrocessos e avanços. "Na construção socialista, planejamos a dor de cabeça que não a torna escassa, mas pelo contrário. O comunismo será, entre outras coisas, uma aspirina do tamanho do Sol". [1]

O capitalismo procura semear a falta de fé no ser humano, exalta o cinismo, o ego reverenciado, como Ayn ​​Rand definiu o homem ideal do capitalismo: "Enquanto o criador é egoísta e inteligente, o altruísta é um imbecil que não pensa, não sente, não julga, não age". [2]

Antes da Revolução Francesa, houve uma profunda batalha de ideias na Europa, antes das revoltas revolucionárias, uma nova maneira de ver o mundo abriu o caminho. O Iluminismo plantou a semente que propiciou a Revolução. Um consenso foi criado em toda a Europa, emergiu uma Internacional espiritual burguesa. «"oda revolução foi precedida por um intenso trabalho de crítica, de penetração cultural, de permeação de ideias".[3]

Se a nossa maneira de ver o mundo é marcada pela axiologia do capitalismo, se o nosso princípio básico ainda é ter, a todo o custo, acima do ser humano, se o egoísmo é o sinal que move nossas vidas, se vemos a miséria como um tipo de fatalismo e a sociedade dividida em classes como algo natural e imutável, se não temos fé no ser humano e em sua capacidade de entrega, em seu altruísmo, do que estamos falando?

Não é com os mísseis, não é com exércitos, não é com forças policiais apenas com o que os poderosos garantem o domínio, as defesas do capital estão no inconsciente dos indivíduos e são mais poderosas do que a arma mais moderna desenvolvida pelo complexo militar industrial. Elas fazem com que os dominados ajam contra seus interesses e defendam os governos que os oprimem. É difícil libertar-se do sonho narcótico do consumo e do individualismo atroz.

O sistema de educação do capitalismo é projetado para treinar o homem do capitalismo. Exalta a competição, a falta de solidariedade, o individualismo. "A classe que tem os meios de produção material tem, ao mesmo tempo, os meios de produção ideológicos". [4]

Na sociedade capitalista, o homem vive uma ilusão de liberdade, é uma mercadoria e entre mercadorias — pois esse é o homem do capitalismo — não pode haver solidariedade, mas sim competição.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Repensar o nosso socialismo é a melhor forma de celebrar a Revolução Cubana"

Revolução Cubana completa 50 anos | Foto: Raul Corrales 

Por Clarissa Pont na Carta Maior

Com o 50º aniversário da Revolução Cubana se aproximando, Carta Maior conversou com Carlos Tablada, professor da Universidade de Havana e redator da revista Alternatives Sud, do Centro Tri-continental (CETRI), além de Fundador do Fórum Mundial de Alternativas e membro do júri do Prêmio Casa das Américas. 

Em recente entrevista, quando incitado pela milésima vez a fazer críticas a Cuba, o escritor uruguaio Eduardo Galeano resumiu assim sua análise sobre o país: "Continuo acreditando que a onipotência do Estado não é a melhor resposta à onipotência do mercado e ainda pratico aquele conselho de Fonseca Amador, o fundador do sandinismo na Nicarágua: Amigo, amigo verdadeiro, é quem elogia pelas costas e critica pela frente". 

Tablada é da mesma turma, autor de vários livros e dezenas de artigos, licenciado em sociologia, filosofia e doutor em ciências econômicas, ele esteve no Brasil para lançar a primeira edição em português de "O marxismo de Che e o socialismo no século XXI".

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Revolução Cubana: mais socialismo ou mercado?

Presidente de Cuba, Rául Castro, participa de desfile militar | Foto: Militância Viva 

Do Diário

A Revolução Cubana está próxima do meio século. Teorizar sobre ela, sob qualquer ângulo, é um exercício difícil mas apaixonante. O projeto político e social cubano, atrevo-me a dizê-lo, ainda gatinha, apesar disso procura situar-se num mundo áspero e contraditório. 

Com inimigos poderosos e grandes amigos em todo o mundo. Cuba continua o seu caminho. Mas na sua marcha, das mais extremadas às moderadas posições, importantes pensadores opinam sobre ela. 

Aurélio Alonso, atual subdiretor da revista Casa de Las Américas é um deles. Sobre um críptico labirinto remove nos interstícios dos grandes desafios que hoje enfrenta a nossa nação, 50 anos depois de ter escolhido um destino diferente. Este sociólogo e reconhecido pensador tenta dar-nos algumas chaves da Cuba atual.

Waldo Fernández Cuenca (WF): – Aurélio Alonso, como pensador e pessoa, o que é que sentiu, quando se derrubou o campo socialista e a URSS?