terça-feira, 8 de junho de 2021

Brasileiros reafirmam solidariedade e defesa de Cuba Socialista

XXV Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba | Arte: CEBRAPAZ

Por Sturt Silva 

Entre os dias 3 e 6 de junho, o Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba se reuniu e renovou seu compromisso de luta em defesa da Revolução Cubana e do socialismo cubano. 

Organizado, nesta edição, pela Associação Cultural José Martí da Paraíba (ACJM-PB), o evento ocorreu de forma online e lançou a Carta de João Pessoa. 

Durante 3 dias uma vasta programação e painéis diversos discutiram as consequências do bloqueio dos EUA contra Cuba; os trabalhos das brigadas de solidariedade; as questões econômicas e o sistema de saúde de Cuba; a participação da mulher cubana e a juventude no processo revolucionário; os 60 anos da Revolução Cubana; o movimento brasileiro de solidariedade a Cuba e as propostas para próxima edição do encontro, que será realizada em Belém (Pará) em 2023. 

Leia a Carta de João Pessoa:

CARTA FINAL DA XXV CONVENÇÃO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE A CUBA  
JOÃO PESSOA | JUNHO DE 2021 

A XXV Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba, realizada no modo remoto entre os dias 03 e 06 de junho de 2021, a partir da cidade de João Pessoa (Paraíba), renova seu compromisso de luta em defesa da autodeterminação, soberania, amizade, cooperação e solidariedade com Cuba. 

Inspira-nos o pensamento de José Martí e os feitos objetivados pela Revolução Cubana, que transcendem as fronteiras da Ilha de Fidel, pois, como dizia José Martí, Pátria é Humanidade. 

Num mundo marcado por profundas distorções socioestruturais, Cuba se destaca pela remoção dos entraves históricos ao seu desenvolvimento pleno e soberano, com foco nos interesses sociais e na construção de uma nova realidade, que ilumina os caminhos dos povos em busca de sua libertação, em paz e harmonia com a Mãe Terra.

O criminoso bloqueio imperialista contra Cuba, que perdura há mais de seis décadas, jamais abateu o espírito de luta do povo cubano, que segue avante no seu processo de transformação, vencendo enormes obstáculos, jamais registrado na História da Humanidade.

Esse criminoso bloqueio tem sido sistematicamente acompanhado de expedientes não menos cruéis, que visam a minar o sopro criador da Revolução, como assassinatos de dirigentes, atentados terroristas contra pessoas e a infraestrutura física do país, o uso de armas químicas e biológicas para introduzir doenças na sociedade e pragas nos rebanhos e na agricultura. Bilhões de dólares são dissipados pelo Império e seus asseclas na guerra ideológica assimétrica e híbrida, com o uso de recursos midiáticos, suborno, espionagem e conspirações usuais, visando a isolar Cuba e aplastar as chamas da Revolução.

Tudo isso tem, como consequências, incomensuráveis prejuízos materiais e agrava as condições de vida da população, enquanto tempera a resistência do povo, validando o princípio martiano de que as  “trincheiras de ideias valem mais que trincheiras de pedra”. Os Estados Unidos têm uma extensão territorial 90 vezes maior que a cubana e abriga uma população 25 vezes maior. É imensamente desproporcional o poderio econômico e militar entre as duas realidades. Apesar disso, os imperialistas não conseguem derrotar Cuba.

A recessão econômica mundial, agravada com medidas de garroteamento adotadas durante o governo protofascista de Donald Trump (e que continuam no governo de Joe Biden), além da crise sanitária da pandemia da Covid-19, exigiram, como contrapartida, medidas e ações visando ao fortalecimento do socialismo, consagrado na nova Constituição Cubana de 2019, para reverter o quadro adverso e impulsionar a retomada de transformação revolucionária em bases político-institucionais compatíveis com as necessidades históricas presentes. 

Apesar das dificuldades circunstanciais, Cuba continua prestando imprescindível solidariedade internacional, enviando pessoal médico com suas Brigadas Henry Reeve para ajudar os povos irmãos, inclusive os desassistidos de atenção sanitária nos países ricos. Os laboratórios cubanos produzem vacinas, entre outras, contra a COVID-19, que são compartilhadas com os mais necessitados. E, não paradoxalmente, mas por força da lógica do capital, isso acontece na contramão dos esforços dos grandes laboratórios mundiais, que tiram proveito da miséria para ampliar o seu estoque de riquezas acumuladas.

O período complexo e desafiador da economia, em Cuba, nos seus aspectos mais gerais, enquadra-se na moldura de uma crise mundial do capitalismo decadente em crise estrutural. Cuba encontrou a sua solução no socialismo. Os povos oprimidos do mundo também encontrarão respostas para a superação de seus problemas.

A XXV Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba reafirma o compromisso que orienta o movimento mundial de solidariedade com Cuba e a Revolução Cubana: 

⦁    Pelo fim do bloqueio estadunidense a Cuba!
⦁    Pela devolução a Cuba do território da base em Guantánamo!
⦁    Pela reparação dos danos materiais e morais causados pelo bloqueio imperial e a guerra criminosa praticada contra Cuba! 
⦁    Viva Martí!
⦁    Viva Fidel!
⦁    Viva Camilo Cienfuegos !
⦁    Viva Che Guevara!
⦁    Viva Raúl!
⦁    Viva Vilma Spín!
⦁    Viva Célia Sánchez!
⦁    Viva a solidariedade, amizade e a paz entre os povos!

João Pessoa, Paraíba, Brasil
06 de junho de 2021.

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