Convenção de Solidariedade a Cuba no Distrito Federal | Foto: NESCUBA |
No dia 6 de junho foi realizada, na Universidade de Brasília (sede da Associação dos Docentes), a Convenção Distrital de Solidariedade a Cuba, evento preparatória para a XXIV Convenção nacional de Solidariedade a Cuba.
O ato foi aberto por Jacques de Novion, coordenador do Nescuba/Ceam/Unb, que passou a palavra para o Embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Gómez González, para fazer a palestra de abertura. O diplomata cubano falou sobre a atual situação política e econômica de Cuba e os problemas causados pelo bloqueio dos Estados Unidos contra à ilha.
Logo depois foi apresentando o documentário "Maestra", com imagens de arquivo e entrevistas com alfabetizadoras que trabalharam voluntariamente na Campanha Nacional de Alfabetização cubana em 1961, ano de erradicação do analfabetismo na ilha socialista.
Em seguida o professor da Universidade de Santa Clara/Cuba, Iván Santos Víctores, além de relembrar emocionado fatos da campanha mostrada no documentário, pois foi um dos alfabetizadores com apenas 17 anos, abordou aspectos da resistência e da participação da população nesses 60 anos de Revolução. Como exemplos citou a construção da Política Econômica e Social e do processo de consultas populares que culminou com o referendo de 24 de fevereiro e a aprovação, em 10 de abril, pela Assembleia Nacional do Poder Popular, da nova Constituição de Cuba.
Ao final foram aprovadas duas moções, uma contra o bloqueio (leia abaixo) e outra de apoio à Venezuela.
Em sessenta anos, a Revolução Cubana se afirmou como referência de soberania de país, igualdade social e organização popular. E também são seis décadas de bloqueio econômico, comercial e financeiro desfechado pela maior potência imperialista do mundo, que nunca aceitou a ousadia de um povo, sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara, que tirou Cuba do status de neo colônia e cassino dos EUA. Somam-se ao bloqueio econômico as frequentes ameaças bélicas, diplomáticas e midiáticas.
A “normalização” das relações diplomáticas, ocorrida em dezembro de 2014, está longe de atenuar a permanente hostilidade dos EUA contra Cuba. Nesse sentido, a administração Donald Trump acaba de ativar o título III da Lei Helms-Burton em clara atitude vingativa contra Cuba e seu papel de protagonismo na luta anti-imperialista na América Latina e no mundo. O Título III da Helms-Burton reconhece o direito de propriedade estadunidense em relação às empresas que foram nacionalizados com a revolução cubana. Isso permite que empresas de terceiros países, que tenham parceria com Cuba, possam ser processadas por usarem as propriedades que foram desapropriadas.
Dessa maneira, a Convenção Brasiliense de Solidariedade a Cuba declara seu repúdio ao bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba e exige a remoção de todo o entulho legislativo e judicial dos EUA que, com seu caráter extra-territorial, objetiva estrangular um país soberano.
Pedimos providências urgentes à comunidade internacional e seus organismos legais contra esse odioso bloqueio, em nome da paz e da convivência respeitosa e harmoniosa entre as nações.
Brasília, 6 de junho de 2019.
Edição: Sturt Silva.
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