quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nada mudou com Obama



Havana, 10 de maio - Prensa Latina

Quase quatro anos depois do presidente estadunidense Barak Obama assumir o poder, as expectativas de uma mudança de atitude de seu governo com respeito a Cuba estão bem longe de serem cumpridas, considerou aqui uma diplomata de alto escalão.

Ainda que Obama tenha adotado algumas medidas de caráter positivo para a relação entre ambos países, os aspectos fundamentais que caracterizam a política para a ilha não foram modificados, afirmou a diretora da América do Norte da Chancelaria cubana, Josefina Vidal.

Em uma entrevista concedida à corrente televisiva CNN em espanhol, difundida aqui, a funcionária pública enfatizou que as sanções econômicas como o bloqueio, cujas perdas ao país são estimadas em 975 bilhões de dólares, seguem intactas.

"Também não foram revisados os chamados programas para promover mudanças em Cuba, que são programas ilegais em nosso país, porque tratam de buscar uma mudança que só a nosso povo lhe compete adotar ou decidir", comentou.

Vidal expressou também que continuam as transmissões radiais e televisivas desenhadas contra a ilha; e a permanência do país nas listas negras do Departamento de Estado [dos EUA] que tratam de deslegitimar a nação caribenha.

Reiterou também a disposição cubana a sustentar um diálogo político, que abarque todos os problemas, para identificar áreas de interesse comum e impulsionar a cooperação bilateral.

Com respeito ao caso do estadunidense Alan Gross, preso aqui por atos contra a independência nacional, a servidora pública afirmou que os meios tratam de comparar seu processo com o de René González, antiterrorista cubano que cumpriu uma sentença de 13 anos nos Estados Unidos e se encontra sob liberdade condicional.

Ao ser interrogada sobre uma petição de Gross de visitar a sua mãe doente, Vidal explicou que os casos são diferentes, pois o estadunidense se encontra no começo de sua pena, e como ocorre em outros países, em tais condições não está permitido que as pessoas saiam do território onde cumprem sua sanção.

Recordou que Gerardo Hernández, outro dos cinco cubanos presos junto a René González em 1998 por informar de ações terroristas perpetradas no sul da Flórida contra a ilha, perdeu a sua mãe enquanto cumpria sua pena de cárcere e não foi permitido viajar para uma visita.

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