sábado, 21 de junho de 2014

Trabalho de Cuba por refugiados é destacado



"O trabalho do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Cuba está respaldado pela solidariedade desta nação", assinalou neste sábado (21) o representante regional dessa organização, Fernando Protti.

Em poucas oportunidades em todo mundo se fala dos refugiados, que superam na actualidade 51 milhões de pessoas, cinco vezes a população cubana" comentou Protti durante conversa na sede da Associação Cubana das Nações Unidas.

O encontro realizou-se nesta sexta-feira em ocasião dos 25 anos do escritório de Acnur na ilha, em coincidência com o Dia Internacional do Refugiado.

"O trabalho de Acnur é humanitário, sem cor, política, nem raça, nem religião" sublinhou Protti e disse que é necessário combater as causas estruturais que provocam as deslocações forçadas das pessoas se não se seguirá o sofrimento que representa a condição de refugiado.

Alberto de Aragón, coordenador de Acnur em Cuba assinalou que até a data se assistiram aqui mais de 11 mil refugiados de 35 nações, deles, uns oito mil receberam apoio para regressar a seus países, e os outros foram destinados a países terceiros.

Aragón sublinhou entre os momentos mais destacados do trabalho do escritório cubano a repatriação a Namibia de 1473 jovens que estudavam em Cuba em 1989, depois da independência dessa nação africana.

"Entre 1991 e 1994 o abrigo na zona oriental do país de 4 500 haitianos, depois do golpe militar que depôs ao presidente Jean Bertrand Aristide, foi também um fato significativo de acordo com o operativo para a proteção e assistência humanitária" precisou.

"Destacáveis resultam as escolas internacionais da Ilha da Juventude, ao sul desta capital nas que se educaram meninos e jovens namibios, angolanos, saarinos e sudaneses, entre outros" apontou.

No início de 2014 tinha aqui 384 pessoas de oito nacionalidades registradas como refugiados, 93% por cento dos mesmos desfrutam de bolsas governamentais, principalmente na educação superior.

Agregou que desde 1996 e até a atualidade se estabelecem em Cuba de forma espontânea e como turistas muitas pessoas que procuram proteção internacional.

"Ainda quando Cuba não é signatária de tratados sobre refugiados e nem tem uma política de integração local para essas pessoas mais de 300 refugiados desfrutam de de proteção provisória com acesso aos serviços de saúde e educação antes de encontrar soluções duradouras para seu reassentamento" indicou.

Com Agência Prensa Latina.

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