domingo, 11 de maio de 2025

Realizado Encontro de Solidariedade com Cuba na Baixada Santista

Convenção regional de solidariedade com Cuba, em Cubatão | Foto: Maria Leite

Por Sturt Silva 

Foi realizado ontem (10/05), em Cubatão, interior de São Paulo, a Convenção Regional de Solidariedade com Cuba da Baixada Santista, evento preparatório da 27ª Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba. 

O encontro que contou com a presença de movimentos sociais, partidos políticos, associações e coletivos da região, foi organizado pela Associação Cultural José Martí da Baixada Santista.

No final do ato foi lançada a Carta da Convenção (leia abaixo) que reafirmou a solidariedade com Cuba socialista, a defesa dos legados de Fidel Castro e José Martí, o combate diante das falsas narrativas que silenciam os avanços sociais e os exemplos de solidariedade do país, o incentivo a participação em movimentos e eventos de solidariedade com a ilha socialista e o fim imediato das medidas contra as missões médicas cubanas pelo mundo. Além disso, a convenção condenou o bloqueio dos EUA contra Cuba e o massacre do povo palestino por Israel. 
Evento é preparatório para a Convenção Brasileira de Solidariedade
com Cuba | Foto: Maria Leite

A Convenção Brasileira de Solidariedade com Cuba, edição 2025, será em Vitória, capital do Espírito Santo, entre os dias 19, 20 e 21 de junho de 2025. Para saber mais clique aqui

CARTA DA CONVENÇÃO REGIONAL DE 
SOLIDARIEDADE COM CUBA - BAIXADA SANTISTA - 2025

Nós, de movimentos sociais, partidos, associações e coletivos da Baixada Santista, estamos reunidos em Cubatão (Estado de São Paulo), na Convenção Regional de Solidariedade com Cuba, para demonstrar o nosso apoio à Revolução Cubana, em meio ao endurecimento de uma nova ofensiva imperialista. Poucas horas após a sua posse, em 20 de janeiro de 2025, o atual presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que reincorpora Cuba à lista de “Estados Patrocinadores do Terrorismo”. De maneira injustificada, a medida anula a decisão de 14 de janeiro, quando o ex-presidente Biden retirou a Ilha caribenha da lista, depois que o próprio Departamento de Estado afirmou ter constatado que “o governo de Cuba não havia fornecido nenhum apoio ao terrorismo”.

Dentro da política de hostilidades implementadas, surgem ações inéditas, em todas as esferas do cotidiano, que afetam os cidadãos dentro e fora de Cuba. Em sua maioria, são práticas para intensificar o bloqueio, uma relíquia da Guerra Fria, com o objetivo de sufocar o país, subverter a ordem interna e derrubar a Revolução. Não é  um simples “embargo” pois, ao contrário, tipifica um bloqueio. Em uma pretensa morte por asfixia, afeta-se o comércio, a saúde, a educação, os transportes, as comunicações, a tecnologia, a ciência, a produção energética, a produção industrial e a produção agrícola. 

Inseridas neste quadro de tensão, desde a década de 1960 com a histórica Lei de Ajuste Cubano,  as novas medidas reafirmam o objetivo de transformar o tema migratório em ferramenta de permanente desestabilização. Recentemente, o presidente Díaz-Canel teceu duras críticas às práticas de deportação, que configuram uma violação aos direitos dos latino-americanos e caribenhos. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou que empurrados pelo bloqueio e estimulados a emigrar, os cubanos são induzidos a mentir na chegada às fronteiras do poderoso vizinho do norte, para serem  protegidos como refugiados políticos. 
Convenção de Solidariedade com Cuba da Baixada Santista.
Foto: Maria Leite
Assim, reafirmamos nosso compromisso em:

    • Defender e difundir os legados humanistas do apóstolo da independência de Cuba, José Martí, pela passagem dos 130 anos de sua queda em combate, e do líder histórico, Fidel Castro, no contexto de seu centenário natalício, a comemorar-se em 2026.

    • Fomentar a solidariedade por meio de projetos de cooperação e da participação em eventos de apoio a Cuba, assim como impulsionar o movimento de brigadas internacionais e as visitas de grupos especializados à Ilha. Não há melhor forma de conhecer a realidade cubana do que compartilhando com seu povo, sendo testemunha de sua resistência, criatividade, espírito de luta e vitória.

    • Combater as falsas narrativas sobre Cuba promovidas pelos meios de comunicação hegemônicos, que silenciam os avanços sociais e os exemplos de solidariedade que Cuba oferece ao mundo. Em particular, exigir o fim imediato das medidas contra as missões médicas cubanas e contra os governos dos países onde elas atuam.

    • Rechaçar as políticas de guerra e interferências. Não às medidas coercitivas, às agressões, à construção de muros e aos bloqueios! Não ao massacre do povo palestino!

Cuba tem o direito de existir! Com todos e para o bem de todos!

Viva o internacionalismo e a paz!

Cubatão, Estado de São Paulo, 10 de maio de 2025.

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