Por Vitor Sion do Opera Mundi
Desde que o governo Dilma Rousseff anunciou, em 9 de julho deste ano,
que pretende trazer médicos estrangeiros para atender à população,
dezenas de organizações foram contrárias à medida, parte do programa
Mais Médicos. O protesto mais contundente era dirigido aos cubanos,
relacionados com o que foi chamado de uma possível "revolução comunista
em 2014".
Com as críticas da classe médica, o governo brasileiro adotou cautela
sobre o programa, uma das principais bandeiras do ministro Alexandre
Padilha, e estuda fazer contratos individuais. Representantes de Havana
no Foro de São Paulo, no entanto, dizem que os profissionais do país
"seguem à disposição".
"A oposição à presença dos nossos médicos é um fenômeno que não
aconteceu apenas no Brasil, mas em outros países da América Latina. Isso
se deve a múltiplos fatores, mas, em especial, ao medo de que os
cubanos substituirão os profissionais locais e às acusações da direita
de que a gente dissemine nossa posição política", argumentou a Opera Mundi Jorge Antonio Arias, vice-chefe do Departamento de Relações Internacionais do PCC (Partido Comunista de Cuba).
"Vamos para onde nos pedem, o que significa, em geral, chegar a locais
em que outros médicos não vão. Dar cuidados de saúde aos que não têm.
Nosso pessoal se dedica apenas a cumprir suas funções, com total
respeito e sem interferir em processos políticos internos", complementa
Arias.
De acordo com o governo cubano, a falta de experiência não pode ser um argumento contra os médicos do país. Desde a Revolução de 1959, mais de 120 mil voluntários participaram de missões em países africanos, sendo a maioria deles médicos e professores. Esses cubanos ajudaram principalmente no tratamento da malária, doença amplamente difundida no continente, e na aplicação da vacina contra meningite.
De acordo com o governo cubano, a falta de experiência não pode ser um argumento contra os médicos do país. Desde a Revolução de 1959, mais de 120 mil voluntários participaram de missões em países africanos, sendo a maioria deles médicos e professores. Esses cubanos ajudaram principalmente no tratamento da malária, doença amplamente difundida no continente, e na aplicação da vacina contra meningite.
Atualmente, o governo de Raúl Castro tem operações humanitárias em 34
países da África ou que fazem fronteira com esse continente. A principal
delas ocorre em Angola, mas também há profissionais de Cuba em
Moçambique, Zâmbia, Namíbia e até mesmo na África do Sul.
"Nossa atuação é pautada por uma conhecida declaração de Fidel Castro: ‘Ser internacionalista é saldar nossa dívida com a humanidade.’ É isso que fazemos", explica Arias.
"Nossa atuação é pautada por uma conhecida declaração de Fidel Castro: ‘Ser internacionalista é saldar nossa dívida com a humanidade.’ É isso que fazemos", explica Arias.
Creio na boa vontade dos cubanos, em especial na área de medicina. Sei que lá aprendem a ser médicos, mas aprendem, antes, a serem humanistas. Creio, ainda, que é disso que nosso país precisa.E porquê não? Bem vindos cubanos! Mi casa es tu casa!
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