quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Revolução socialista cubana resiste aos bilhões dos EUA

Cubana participa de manifestação com quadro de Fidel Castro | Foto: Lysi Suarez

Por Sturt Silva 

Em entrevista exclusiva ao blog Solidários a Cuba, o Cônsul Geral de Cuba no Brasil, Pedro Monzón, aborda quais armas o povo e o governo revolucionário de Cuba têm para se defender dos ataques dos EUA, que no caso desta entrevista foram abordados os midiáticos. 

Confira:

É na internet e nas plataformas digitais que cada vez mais as pessoas se informam e se comunicam. Também é neste campo que os EUA e as Direitas agem contra Cuba revolucionária. Quais planos o governo e os revolucionários cubanos têm para enfrentar essa batalha cultural e ideológica?

Resposta: Para enfrentar essa batalha cultural e ideológica temos muitos recursos, que outro país não tem. Os mais importantes são:

  • Um povo e, particularmente, uma juventude com alto nível educacional, cultural e político.
  • Os meios de comunicação nacional por TV e imprensa são do Estado Cubano e não permitem a difusão de noticias falsas ou manipuladoras.
  • As escolas são do Estado cubano e oferecem uma educação integral e patriótica.
  • Existem múltiplas organizações políticas e de massas nas quais estão inclusos quase todo o povo e respaldam à Revolução. 
  • O governo tem uma ampla comunicação com o povo. Não há separação entre o governo e o povo. A revolução é o povo, por isso resistimos.
  • No terreno das redes sociais avançamos muito. Numerosas publicações revolucionárias cubanas já estão nas redes e se multiplicaram os youtubers cubanos revolucionários, tanto em Cuba como em outros países.
  • O povo está informado e alertado sobre a enxurrada de fakes news grosseiras sobre Cuba que são publicadas nas redes.
  • Cada vez com mais rapidez nossos órgãos de comunicação e organizações desmentem publicamente as fakes news, que abundam.
  • Existe uma resolução cubana que condena a publicação em Cuba de fake news por qualquer cidadão. As noticias falsas, entram ao país principalmente através do estrangeiro pelas redes.
  • E o mais importante a maioria do povo de Cuba apoia à Revolução devido ao que implica no terreno da justiça social e por sua ideologia política. 
  • De todas as maneiras há que estar alertas porque a ofensiva é imensa e continua.
Leia também outras partes dessa entrevista:
Cinco anos depois do golpe contra Dilma: como está a relação entre Cuba e Brasil?

2. Uma vez li em uma entrevista que o dinheiro que o governo dos EUA destina em relação a Cuba no campo midiático é maior que todo orçamento em Cuba para o setor de Comunicação. Isso é verdade? Pode falar um pouco sobre isso?

Resposta: Não tenho os dados do que gastamos em Cuba no nosso orçamento para a comunicação, porém, sem duvidas, os investimentos dos Estados Unidos para subversão em Cuba são imensos.

Vou mencionar somente alguns dados:

Desde 1996 até 2021, o Congresso norte americano destinou ao redor de 404 milhões de dólares para os programas de que eles chamam "democracia" em Cuba, e que não é mais que subversão.  Estes fundos foram executados através do Departamento de Estado, a Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Fundação Nacional para a Democracia (NED).

Com a chamada lei norte americana "Lei de Liberdade e Solidariedade Democrática com Cuba", conhecida como Lei Helms Burton de 1996, concebida para provocar a mudança do sistema político e econômico cubano:

  • Internacionalizou-se ainda mais o bloqueio.
  • Codificaram-se os programas subversivos contra a nação cubana, ao estabelecer a obrigação de outorgar financiamento para a execução da denominada lei intervencionista. 
  • No documento se declara, abertamente, dois componentes fundamentais de sua estratégia de Guerra Não Convencional contra Cuba: a guerra econômica e a guerra ideológica.
  • Desde então, cada governo norte americano - seja republicano o democrata - empregou esses fundos, que em media gira em torno de dez e 20 milhões de dólares anuais, para tentar desestabilizar o pais. 
  • A Lei Helms-Burton, "autoriza o Presidente dos Estados Unidos a prestar assistência e outros tipos de apoio a pessoas" e “organizações não governamentais independentes” (instigado e financiado pelos Estados Unidos), a favor dos chamados esforços de “democratização” de Cuba.
  • Se adiciona que se declaram "lícitas as ações de inteligência contra Cuba, para cumprir os propósitos do bloqueio". Por tanto, os milhões de dólares investidos para a subversão interna, não inclui os gastos da Comunidade de Inteligência contra Cuba, que também se calcula que são milionários.

Desde 1984 e até 2021, o Congresso norte americano destinou cerca de 945 milhões de dólares para as transmissões ilegais, de dos quais eles chamam de rádio de rádio e TV Martí (sediadas em Miami e controladas por contrarrevolucionários).

Assim, se somamos aos 404 milhões investidos nos programas de "democracia", pode-se assegurar que nos últimos 35 anos o orçamento do governo dos Estados Unidos contra Cuba em matéria de Subversão Política e Ideológica soma 1 bilhão e 349 milhões de dólares.

Se agregamos as partidas da Comunidade de Inteligência que tem carácter secreto, pode-se afirmar que os gastos ascendem a bilhões de dólares para destruir a Revolução Cubana.

Apesar de Biden afirmar, durante sua campanha, que seguiria a mesma política de Obama em relação à Cuba, continuou a brutal política de Trump que agregou 243 medidas asfixiantes novas ao tradicional bloqueio. Recentemente, Biden continuou essa política ao solicitar ao Congresso para seu orçamento de 2022 a quantia de 20 milhões de dólares para os denominados programas dirigidos a "promover a democracia em Cuba", e quase 13 milhões para as transmissões ilegais de radio e televisão. Exatamente o mesmo montante que solicitou a Administração de Donald Trump para  2021.

Pedro Monzón | Foto: Sul 21

2 comentários:

  1. Quizera que o povo brasileiro tivesse esse entendimento político de caráter responsável.Vica Cuba , viva o povo cubano, viva o Socialismos.

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  2. Constituir a educação pública e nacionalista democrática, da ao povo a liberdade a banir projetos internacionalista destrutivos a sua nação. #foraEUAvivaarevolucao

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