Cubana participa de manifestação com quadro de Fidel Castro | Foto: Lysi Suarez |
Por Sturt Silva
Resposta: Para enfrentar essa batalha cultural e ideológica temos muitos recursos, que outro país não tem. Os mais importantes são:
- Um povo e, particularmente, uma juventude com alto nível educacional, cultural e político.
- Os meios de comunicação nacional por TV e imprensa são do Estado Cubano e não permitem a difusão de noticias falsas ou manipuladoras.
- As escolas são do Estado cubano e oferecem uma educação integral e patriótica.
- Existem múltiplas organizações políticas e de massas nas quais estão inclusos quase todo o povo e respaldam à Revolução.
- O governo tem uma ampla comunicação com o povo. Não há separação entre o governo e o povo. A revolução é o povo, por isso resistimos.
- No terreno das redes sociais avançamos muito. Numerosas publicações revolucionárias cubanas já estão nas redes e se multiplicaram os youtubers cubanos revolucionários, tanto em Cuba como em outros países.
- O povo está informado e alertado sobre a enxurrada de fakes news grosseiras sobre Cuba que são publicadas nas redes.
- Cada vez com mais rapidez nossos órgãos de comunicação e organizações desmentem publicamente as fakes news, que abundam.
- Existe uma resolução cubana que condena a publicação em Cuba de fake news por qualquer cidadão. As noticias falsas, entram ao país principalmente através do estrangeiro pelas redes.
- E o mais importante a maioria do povo de Cuba apoia à Revolução devido ao que implica no terreno da justiça social e por sua ideologia política.
- De todas as maneiras há que estar alertas porque a ofensiva é imensa e continua.
2. Uma vez li em uma entrevista que o dinheiro que o governo dos EUA destina em relação a Cuba no campo midiático é maior que todo orçamento em Cuba para o setor de Comunicação. Isso é verdade? Pode falar um pouco sobre isso?
Resposta: Não tenho os dados do que gastamos em Cuba no nosso orçamento para a comunicação, porém, sem duvidas, os investimentos dos Estados Unidos para subversão em Cuba são imensos.
Vou mencionar somente alguns dados:
Desde 1996 até 2021, o Congresso norte americano destinou ao redor de 404 milhões de dólares para os programas de que eles chamam "democracia" em Cuba, e que não é mais que subversão. Estes fundos foram executados através do Departamento de Estado, a Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Fundação Nacional para a Democracia (NED).
Com a chamada lei norte americana "Lei de Liberdade e Solidariedade Democrática com Cuba", conhecida como Lei Helms Burton de 1996, concebida para provocar a mudança do sistema político e econômico cubano:
- Internacionalizou-se ainda mais o bloqueio.
- Codificaram-se os programas subversivos contra a nação cubana, ao estabelecer a obrigação de outorgar financiamento para a execução da denominada lei intervencionista.
- No documento se declara, abertamente, dois componentes fundamentais de sua estratégia de Guerra Não Convencional contra Cuba: a guerra econômica e a guerra ideológica.
- Desde então, cada governo norte americano - seja republicano o democrata - empregou esses fundos, que em media gira em torno de dez e 20 milhões de dólares anuais, para tentar desestabilizar o pais.
- A Lei Helms-Burton, "autoriza o Presidente dos Estados Unidos a prestar assistência e outros tipos de apoio a pessoas" e “organizações não governamentais independentes” (instigado e financiado pelos Estados Unidos), a favor dos chamados esforços de “democratização” de Cuba.
- Se adiciona que se declaram "lícitas as ações de inteligência contra Cuba, para cumprir os propósitos do bloqueio". Por tanto, os milhões de dólares investidos para a subversão interna, não inclui os gastos da Comunidade de Inteligência contra Cuba, que também se calcula que são milionários.
Desde 1984 e até 2021, o Congresso norte americano destinou cerca de 945 milhões de dólares para as transmissões ilegais, de dos quais eles chamam de rádio de rádio e TV Martí (sediadas em Miami e controladas por contrarrevolucionários).
Assim, se somamos aos 404 milhões investidos nos programas de "democracia", pode-se assegurar que nos últimos 35 anos o orçamento do governo dos Estados Unidos contra Cuba em matéria de Subversão Política e Ideológica soma 1 bilhão e 349 milhões de dólares.
Se agregamos as partidas da Comunidade de Inteligência que tem carácter secreto, pode-se afirmar que os gastos ascendem a bilhões de dólares para destruir a Revolução Cubana.
Apesar de Biden afirmar, durante sua campanha, que seguiria a mesma política de Obama em relação à Cuba, continuou a brutal política de Trump que agregou 243 medidas asfixiantes novas ao tradicional bloqueio. Recentemente, Biden continuou essa política ao solicitar ao Congresso para seu orçamento de 2022 a quantia de 20 milhões de dólares para os denominados programas dirigidos a "promover a democracia em Cuba", e quase 13 milhões para as transmissões ilegais de radio e televisão. Exatamente o mesmo montante que solicitou a Administração de Donald Trump para 2021.
Pedro Monzón | Foto: Sul 21 |
Quizera que o povo brasileiro tivesse esse entendimento político de caráter responsável.Vica Cuba , viva o povo cubano, viva o Socialismos.
ResponderExcluirConstituir a educação pública e nacionalista democrática, da ao povo a liberdade a banir projetos internacionalista destrutivos a sua nação. #foraEUAvivaarevolucao
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