sexta-feira, 16 de julho de 2021

Diplomata cubano: não cortamos a internet e a polícia só reagiu contra protestos violentos

Manifestação em defesa do governo socialista é mostrada como contrária nas redes sociais e até na imprensa internacional | Foto: Bruno Rodríguez

Por Sturt Silva 

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o Cônsul Geral Cuba no Brasil, Pedro Monzón, afirmou que a ilha socialista não cortou internet por causas das manifestações do último domingo. A conexão teria caído devido os apagões de energia, que por sua vez desligou os servidores de acesso de internet no país. 

O Cônsul cubano disse que o governo quer ampliar o acesso dos cubanos à internet, que traz muito lixo, mas também muitas coisas boas. Segundo ele o país tem dificuldade para conectar ao mundo devido aos bloqueios, patrocinados pelos EUA. 

A falta de energia, causada por falta de combustível no país, está entre um dos motivos das manifestações.  

O diplomata também falou sobre a reação da polícia cubana: "Foram presas as pessoas que atacaram lojas, quebraram vidros e atacaram a polícia. Em nenhum lugar esse tipo de vandalismo é permitido. Elas serão processadas legalmente. Há muitas pessoas em Cuba que pediram a invasão dos Estados Unidos, o reforço dos bloqueios, e estão livres. Em Cuba não há repressão a multidões como na Europa e em outros lugares, que dispersam as pessoas com gás lacrimogêneo e balas de borracha".

Ele ainda reclamou da campanha midiática e virtual contra seu país, afirmando que as fake news foram usadas contra Cuba para inflar o tamanho dos protestos, que na maior deles foi cerca de 400 pessoas, e da repressão policial. 

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