domingo, 27 de junho de 2021

Comunistas brasileiros enaltecem vitória de Cuba na ONU

Crítica ao bloqueio dos EUA a Cuba | Charge: Latuff

Por Sturt Silva 

Os comunistas brasileiros (PCdoB e PCB) lançaram notas saudando mais uma vitória de Cuba contra o bloqueio dos EUA, dessa vez na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). 

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), através de sua Comissão de Relações Internacionais, afirmou que "a importante vitória chega em boa hora, quando Cuba comemora os dados da eficácia de 92% de uma de suas vacinas anti-Covid, a Abdala, demonstrando a importância da ciência e do Estado cubano, dirigido pelo Partido Comunista de Cuba, não só para sua própria população, mas para toda a América Latina e o mundo".

Já o Partido Comunista Brasileiro (PCB), através de sua Comissão de Política Nacional, ressaltou que a  "vitória cubana na ONU, mesmo que não signifique que a resolução será efetivada, demonstra, mais uma vez e de forma contundente, o desgaste, o esgotamento, a excrescência da política estadunidense em relação a Cuba".

Leias as notas:

PCdoB

O Partido Comunista do Brasil saúda o povo e o governo cubano pela recente vitória na Assembleia Geral da ONU, com a massiva aprovação, por 184 votos, da Resolução contra o Embargo Econômico imposto a Cuba há tantas décadas.

A importante vitória chega a boa hora, quando Cuba comemora os dados da eficácia de 92% de uma de suas vacinas anti-Covid, a Abdala, demonstrando a importância da ciência e do Estado cubano, dirigido pelo Partido Comunista de Cuba, não só para sua própria população, mas para toda a América Latina e o mundo.

Uma vez mais, repetiu-se o placar em que EUA e Israel ficam isolados na defesa do bloqueio econômico. O Brasil ainda não voltou a votar como tradicionalmente votava, a favor da resolução, mas desta vez se absteve, o que demonstra um recuo importante da diplomacia brasileira. Certamente esse recuo está associado ao crescente isolamento do Brasil no cenário internacional e à pressão dos movimentos sociais e populares brasileiros na defesa da solidariedade à Cuba.

Após 29 votações da Resolução no âmbito da Assembleia Geral da ONU, vai ficando cada vez mais evidente a insustentabilidade de tal política e a insensibilidade absoluta por parte dos EUA ao manter restrições econômicas que prejudicam, sobretudo, o povo cubano, em especial em um período pandêmico. Estamos convictos de que o povo cubano derrotará essa política em um futuro próximo.

PCB

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou, nesta quarta-feira, 23 de junho, uma resolução que denuncia o bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos e pede o seu fim. A resolução aprovada intitula-se “A necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba”. Resoluções semelhantes já foram aprovadas, muitas vezes, na ONU.

Foi uma derrota acachapante do imperialismo estadunidense: 184 votos a favor de Cuba, pelo fim do bloqueio e 3 abstenções (Colômbia, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos). Apenas os Estados Unidos e Israel votaram contra. O Brasil não votou. [1]

O bloqueio a Cuba foi imposto pelos Estados Unidos no início dos anos 1960, como uma tentativa de inviabilizar a consolidação da Revolução Cubana, vitoriosa em 1959. Os EUA tentariam, em 1961, promover a derrubada do novo regime cubano, liderado por Fidel Castro, por meio de uma invasão armada operada por mercenários organizados e treinados pela CIA, no episódio de Playa Girón. A vitória cubana levou à decretação do caráter socialista da Revolução Cubana.

O bloqueio é uma ação unilateral e criminosa, que fere as leis internacionais. Os Estados Unidos impõem a adesão de outros países, que passam a sofrer retaliações dos EUA caso mantenham relações comerciais com Cuba. Os Estados Unidos mantiveram o bloqueio e seguiram tentando sabotar a economia e o governo cubano e minar a resistência e o apoio popular ao regime. Nos anos 1990, após a queda da União Soviética, realizaram inúmeras ações – incluindo-se as ações armadas – para tentar inviabilizar setores como o do turismo, que era incentivado como alternativa para manter e desenvolver a economia. No governo Trump, o bloqueio foi estendido a níveis genocidas, pela tentativa de impedir o fornecimento a Cuba de medicamentos e equipamentos para o enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Cuba resistiu a tudo e hoje, mesmo com todas as dificuldades que ainda enfrenta, prova ao mundo que o Socialismo é viável e que é exatamente por ser socialista que conseguiu não apenas sobreviver, mas também desenvolver-se, como comprovam as suas realizações na seguridade social e na área da saúde pública em particular, com a vitória sobre a pandemia, a produção de vacinas e medicamentos para a prevenção e o tratamento da Covid-19, o envio de equipes médicas para prestar solidariedade aos povos no mundo, comprovando ter alcançado um sistema de saúde de altíssima qualidade. Cuba mobiliza a sua população, que, organizada e consciente, defende o socialismo. Cuba se renova, com novas diretrizes políticas e econômicas que defendem e desenvolvem o poder popular e o socialismo.

A vitória cubana na ONU, mesmo que não signifique que a resolução será efetivada, demonstra, mais uma vez e de forma contundente, o desgaste, o esgotamento, a excrescência da política estadunidense em relação a Cuba. É uma política que não é apoiada nem pelos aliados mais próximos dos Estados Unidos. O não voto do Brasil, por sua vez, reflete a decadente e reacionária política externa do governo Bolsonaro/Mourão, que praticou o alinhamento automático ao governo Trump e a Israel na oposição ao multilateralismo e na luta ideológica contra o socialismo, o comunismo ou mesmo alguma postura progressista ou mais favorável às demandas populares adotada por qualquer governo do planeta.

A vitória cubana é fruto, também, do movimento de solidariedade internacional a Cuba, da luta pelo direito de autodeterminação dos povos, pela soberania das nações, pela justiça social em todo o mundo. A tarefa de todos os que compartilham desses valores, de todos os que defendem os ideais socialistas e comunistas, é seguir em frente nessa luta pelo levantamento do bloqueio, isolando cada vez mais os seus inimigos.

Abaixo o bloqueio criminoso e genocida!
Toda solidariedade a Cuba!
Viva o Socialismo!

Nota:

[1] Na verdade, como pode ser lido aqui, Emirados Árabes Unidos votou contra. Quem se absteve ao lado de Colômbia e Ucrânia, foi o Brasil. Quem não votaram foram: República Centro Africana, Moldávia, Myannamar e Somália.

Leia também: 
PT condena abstenção do Brasil em votação contra o bloqueio dos EUA

3 comentários:

  1. porque que os gringos mantem o embargo contra Cuba,porque são comunstas.....?e /a China,Russia,Vietnã,Angola..........esses ultimos porque tem petroleo é.....vcs tem medo de Cuba.....................

    ResponderExcluir
  2. Política de imperialismo para desacreditar uma nação soberana que fez revolução popular que expulsou por luta armada, assim não dar exemplo de esperança contra poder opressor, como foram ditadores sustentados por império americano, no Cuba.

    ResponderExcluir
  3. O capitalismo, como sistema de governo, está esgotado! Não se sustenta mais, exceto pelo extermínio das populações mais pobres!

    ResponderExcluir