Doutores cubanos fizeram 331 cirurgias e mais de 22 mil consultas | Foto: Rafael Stedile/Brasil de Fato |
Por Sturt Silva
Médicos cubanos, especializados em desastres e graves epidemias, encerraram suas missões em Moçambique, depois de 48 dias prestando atendimento às vítimas do furacão Idai, que atingiu o pais entre 4 e 21 de março.
A brigada médica cubana - através de um hospital de campanha, instalado numa zona populosa da cidade de Beira, a quarta maior cidade do país e localizada numa região super atingida pelo furação, - atendeu a mais de 22 mil pacientes e realizou centenas de cirurgias. Em 48 dias de trabalho, entre exames e outros procedimentos médicos, foram 22.259 consultas médicas e 331 cirurgias.
Segundo a imprensa cubana, os números da ajuda cubana foi superior em termos de consultas e cirurgias a de outros 7 centros médicos juntos, que também se instalaram na localidade de forma emergencial.
O Embaixador de Cuba no país, Pavel Díaz Hernández, disse que o trabalho dos médicos cubanos seria a melhor homenagem de Cuba ao Dia Mundial da África, comemorado em 25 de maio, e um tributo especial da solidariedade cubana com o povo moçambicano.
Já o Secretário da Província de Sofala, Raúl Manuel Nanlipa, elogiou a entrega da brigada cubana pela contribuição dada em circunstâncias tão dramáticas e destacou que a ajuda não se limitou somente às vítimas do ciclone, mas foi de inestimável apoio para toda a população em geral.
A Brigada Médica Internacional Henry Reeve foi fundada em Cuba para ajudar as vítimas do Furacão Katrina, que atingiu Nova Orleans, no estado da Louisiana, em 2005 mas teve sua ida vetada por George W. Bush. A ideia de solidariedade irrestrita, no entanto, seguiu viva, com a brigada voluntária atuando em diversos países e, agora, ganhando importância redobrada em um mundo afetado pelo aquecimento global e com fenômenos metereológicos cada vez mais violentos. Foi a 28ª missão da brigada.
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