Caravana de solidariedade a Cuba contou com a presença de 145 pessoas | Foto: PCdoB Bahia |
Por Everaldo Augusto no site do PCdoB
Entre o final do ano de 2018 e a primeira quinzena de janeiro deste ano, um grupo de brasileiros e brasileiras de diversos estados foi recebido em Cuba pelo ICAP (Instituto de Amizade entre os Povos) e percorreu o país, visitou monumentos e locais históricos, participou de diversas atividades e do ato de comemoração dos sessenta anos da Revolução Cubana, realizado no monumental complexo escolar Cidade Liberdade, em Havana.
A organização deste grupo, formado por 145 pessoas, intitulado “Caravana de Comemoração dos 60 anos da Revolução Cubana”, foi uma iniciativa dos militantes do PCdoB, do Cebrapaz, da Associação José Marti, seção Bahia, e contou com a participação também de militantes de outros partidos, dos movimentos sociais e de simpatizantes do bravo povo cubano. Todas as despesas relacionados à viagem foram custeadas pelos próprios participantes na forma de cotas mensais, pagas ao longo do ano passado.
Mesmo para quem já havia estado em Cuba antes, a sensação sempre é como se estivesse pisando no solo cubano pela primeira vez. A mística desse povo — que lutou guerras seguidas contra a Espanha e os Estados Unidos para conquistar sua independência, resistiu e venceu ditaduras e cometeu o feito extraordinário de fazer uma revolução e implantar o socialismo— atinge a todos e passa a nos fazer companhia pelo resto da vida.
A organização deste grupo, formado por 145 pessoas, intitulado “Caravana de Comemoração dos 60 anos da Revolução Cubana”, foi uma iniciativa dos militantes do PCdoB, do Cebrapaz, da Associação José Marti, seção Bahia, e contou com a participação também de militantes de outros partidos, dos movimentos sociais e de simpatizantes do bravo povo cubano. Todas as despesas relacionados à viagem foram custeadas pelos próprios participantes na forma de cotas mensais, pagas ao longo do ano passado.
Mesmo para quem já havia estado em Cuba antes, a sensação sempre é como se estivesse pisando no solo cubano pela primeira vez. A mística desse povo — que lutou guerras seguidas contra a Espanha e os Estados Unidos para conquistar sua independência, resistiu e venceu ditaduras e cometeu o feito extraordinário de fazer uma revolução e implantar o socialismo— atinge a todos e passa a nos fazer companhia pelo resto da vida.
Uma parte importante da viagem foi andar pelas ruas das cidades históricas, perambular por Habana Vieja, conversar com a gente simples nas praças, perceber o alto nível de escolaridade e de informação das pessoas sobre o mundo. Desses contatos ficam algumas impressões fortes sobre o grau de pertencimento dos cidadãos e cidadãs sobre a nação — poucos povos no mundo se identificam tanto com o seu país como os cubanos. Foi facilmente possível constatar também a consciência da importância das conquistas econômicas e sociais e a percepção que eles têm acerca dos problemas do país, e não podia ser diferente. O que é diferente é o grau de discernimento deles sobre a origem destes problemas e da completa impossibilidade de trocar a democracia e a liberdade que eles têm, pela democracia e liberdade ditadas pelo mercado.
A outra parte, dos eventos propriamente ditos, mereceria por si só um outro artigo. É uma temeridade descrevê-los em um parágrafo, mas é forçoso fazê-lo.
A começar pela cerimônia de hasteamento da bandeira na virada do ano na sede do governo provincial em Santiago de Cuba. O alto teor etílico da multidão, regada a música e rum “santiaguero”, não fez com que o ato perdesse a sua característica de solenidade, mesmo porque a data marca a tomada de poder pelos revolucionários na vidada do ano de 1958 para 1959. O Mausoléu de Che em Santa Clara, o trem blindado na mesma província, cuja conquista pela guerrilha foi decisiva para a derrota do ditador Fulgêncio Batista, se somam ao Museu da Playa Giron, ao ato político com o CDR Antonio Maceo (Comitê de Defesa da Revolução) em Trinidad e ao ato de solidariedade aos médicos cubanos que haviam trabalhado no Brasil, realizado em Havana. Os museus, as histórias, enfim, foram dias inesquecíveis que nos colocaram em contato com o legado da Revolução Cubana, importante legado não somente para os cubanos, senão para os povos do mundo.
Por fim, a não menos importante, a terceira parte, que é o retorno para o Brasil. Encontramos o país em pleno processo de desmonte nos primeiros dias do governo da extrema-direita. O exemplo de luta do povo cubano e a solidariedade internacionalista demonstrada por eles a nós brasileiros, nos dão ânimo para enfrentar os piores dias da vida da nação e do povo.
Viva Cuba!
À luta por democracia e liberdade no Brasil!
Por respeito e dignidade para os trabalhadores!
Everaldo Augusto é presidente do PCdoB em Salvador.
Por fim, a não menos importante, a terceira parte, que é o retorno para o Brasil. Encontramos o país em pleno processo de desmonte nos primeiros dias do governo da extrema-direita. O exemplo de luta do povo cubano e a solidariedade internacionalista demonstrada por eles a nós brasileiros, nos dão ânimo para enfrentar os piores dias da vida da nação e do povo.
Viva Cuba!
À luta por democracia e liberdade no Brasil!
Por respeito e dignidade para os trabalhadores!
Everaldo Augusto é presidente do PCdoB em Salvador.
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