sábado, 9 de fevereiro de 2019

Cuba adere à campanha "Lula Livre, Já"

Cuba fortalece campanha pela liberdade do ex-presidente Lula | Foto: Movimento Lula Livre
Do Siempre con Cuba

"Lula livre, já! Esse será o nosso objetivo a partir de hoje, juntamente com milhões de mulheres e homens dignos do planeta", disse, no último dia 25, Fernando González, presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). 

A frase foi dita durante o lançamento da "Campanha Lula Livre Já!", que ocorreu dentro da programação do XIII Congresso Internacional sobre Paradigmas Emancipatórios, realizado no final de janeiro na ilha socialista.


Leia o texto do lançamento da campanha:

Fidel Castro Ruz, líder histórico e voz presente da Revolução Cubana, mais de uma vez afirmou e lembrou-nos que o internacionalismo constitui a melhor essência do socialismo.

Hoje, materializamos uma nova ação internacionalista. Desta vez, chamamos todos cubanos revolucionários a unir, de uma forma muito mais aprimorada e intensa, ao movimento solidário internacional com o ex-presidente Lula.

Muitas de nossas organizações sociais, desde que Lula foi injustamente aprisionado, começaram a desenvolver, de forma espontânea e corajosa, ações em favor de sua liberdade.
Fernando González, ex-preso cubano nos EUA, lê convocatória da campanha "Lula Livre Já" | Foto: Rádio Cubana
A partir de hoje, vamos acrescentar todas as forças e multiplicar os nossos esforços na reivindicação de liberdade imediata para o ex-presidente de origem operária, que tanto fez para os mais pobres do Brasil. Isso para que as vozes exigindo sua liberdade seja ouvidas em todo mundo. 

Estudantes, jovens em geral, mulheres, sindicalistas, camponeses, cientistas, intelectuais e toda a nossa sociedade organizada, demonstrarão, com fatos, algo em que nos orgulhamos: Cuba nunca abandona os seus verdadeiros amigos, menos ainda quando são vítimas de injustiças contínuas.

A direita abriu uma batalha, em grande escala na América Latina e no Caribe, manipulando o judiciário, para criminalizar seletivamente líderes de esquerda em todos os níveis.

Essa direita, por natureza corrupta e corruptora, agora não tem escrúpulos para mentir e, assim, destruir a imagem pública de figuras como Lula, Dilma Rousseff e Cristina Fernandez de Kirchner. Conspira, sem qualquer limite, para distorcer os melhores legados destes, nada mais e nada menos, do que manipulando a bandeira legítima da luta contra à corrupção.

Dessas três figuras, Lula já cumpre uma sentença de 12 anos e 1 mês por um crime que não cometeu. Basta esta expressão do promotor que propôs sua sentença original: "Eu não tenho nenhuma prova, mas eu tenho a convicção." Quero dizer, sem provas, ele expressa a sua convicção de que Lula é culpado.

Confiamos na inocência de Lula. Não só porque até hoje nenhum juiz, nenhum promotor provou qualquer crime; mas porque os homens públicos como ele, homens com um senso de suas responsabilidades históricas como ele; nunca ousariam comprometer a sua imagem frente ao seu povo.

Um culpado não pede que seus crimes lhe sejam provados. Um culpado não colabora com os órgãos do poder judiciário como Lula fez. Um culpado não faz declarações como as seguintes (pouco antes de ser apresentar aos seus carcereiros):

"Sabem - disse à multidão de pessoas que aplaudiram - que este pescoço aqui não se abaixa, porque eu vou sair com a minha cabeça erguida e com o meu peito levantado, porque eu vou provar a minha inocência".

"Vou encará-los olho no olho, e vou enfrentá-los aceitando o cumprimento da ordem" (se refere ao mandado de prisão).

"Eu vou lá (para a prisão em Curitiba) para que eles saibam que eu não tenho medo, que eu não vou fugir, para que eles saibam que eu vou provar a minha inocência".

Foi assim que Lula falou com seus seguidores. Foi assim que ele falou com o mundo. Então ele falou com seus filhos e netos. Então ele mostrou sua segurança em sua inocência. Então, por essa firmeza e essa convicção, nós o apoiaremos decisivamente até que ele esteja livre.

Façamos realidade o apelo solidário (link abaixo) feito pelo General do Exército, Raúl Castro Ruz, em primeiro de janeiro passado: "Transformamos a solidariedade com Lula em causa comum dos cubanos e cubanas. Vamos ajudar todas as pessoas honestas do planeta a contribuir para a sua liberdade e parar os ataques e a perseguição contra as ex-presidentes Dilma Rousseff e Cristina Fernandez de Kirchner".

A ocasião é propícia. O XIII Congresso Internacional sobre Paradigmas Emancipatórios exigiu, com justa razão e sentido de urgência, que a solidariedade entre os povos seja transformada em fatos tangíveis, em uma obra coletiva que acrescente à unidade necessária entre eles.

Unimos também para rejeitar e condenar, de forma energética, a tentativa de impor na Venezuela, através de um golpe de estado, um governo fantoche a serviço dos Estados Unidos.

Faz parte, assim como a perseguição à Dilma e Cristina e a prisão de Lula, de uma estratégia imperialista.

Lula livre, já. Esse será o nosso objetivo a partir de hoje, juntamente com milhões de mulheres e homens dignos do planeta.

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