sábado, 13 de novembro de 2010

Fidel e o G20

O fracasso da reunião é tão evidente que o Estadão não conseguiu nem distorcer a opinião de Fidel sobre o evento. Mesmo assim, cuidado na leitura. Reflexão ainda em espanhol: aqui.

Fidel Castro define cúpula do G20 como 'colossal panela de grilos'

Fonte: ESTADÃO

Em um novo artigo, líder cubano critica reunião que junta o 'embrião do poderoso império'

HAVANA - O ex-presidente de Cuba Fidel Castro classificou a cúpula do G20 realizada em Seul como uma "colossal panela de grilos" (metáfora para confusão) e definiu o Grupo dos Vinte como "embrião do poderoso império e de seus aliados mais ricos" em um novo artigo publicado neste sábado, na ilha.

Na última de suas "Reflexões", o líder cubano questiona a representatividade de encontros como o G20 e o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) iniciado neste sábado, ao lembrar que o mundo não é formado só pelos países que participam desses eventos.

"Os 187 que votaram (na ONU, em 26 de outubro) a favor de eliminar o bloqueio a Cuba contra os dois que votaram por mantê-lo e os três que se abstiveram, somam 192. Para 160 deles, não existe tribuna alguma onde possam falar uma palavra sequer sobre o saque imperial a seus recursos e seus problemas econômicas urgentes", afirma Fidel.


O ex-presidente cubano aproveita o artigo para comentar a crise econômica nos Estados Unidos e assinala que, ao contrário de outros momentos de sua história, as medidas adotadas para atenuá-la "não conseguiram retomar o ritmo normal".

No texto, Fidel adverte que, enquanto são realizados os grandes fóruns econômicos como o G20 e a Apec, o Haiti vive uma dramática situação pelo avanço da epidemia de cólera, meses depois do devastador terremoto que causou a morte de 300 mil pessoas.

"Da epidemia de cólera, uma doença que já afetou muitos países da América do Sul durante anos e que pode se estender pelo Caribe e outras partes de nosso hemisfério, não se diz uma palavra", reprova o líder cubano.

Fidel Castro, de 84 anos, comenta assuntos internacionais com frequência em suas "Reflexões", uma série de artigos que começou a escrever após passar a Presidência de Cuba para seu irmão Raúl em 2006, por conta de uma doença grave.,

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