quinta-feira, 11 de maio de 2023

Realizado Encontro de Solidariedade a Cuba na Baixada Santista

Mesa da Convenção de Solidariedade a Cuba em São Vicente | Foto: MPSC

Por Sturt Silva 

Aconteceu no último sábado (6/5), em São Vicente, a primeira Convenção Regional de Solidariedade com Cuba da Baixada Santista/São Paulo. 

Organizada pela Associação Cultural José Martí da Baixada Santista e realizada na Câmara de Vereadores da cidade, a confraternização contou com a presença do Consulado de Cuba no Brasil e de vários movimentos sociais e políticos (veja fotos no final do texto). 
Ato homenageou o assalto ao quartel Moncada de 53 | Fotos: Maria Leite

O evento foi preparatório para a XXVI Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba, que ocorrerá entre os dias 8 e 11 de Junho, na Universidade Federal do Pará, em Bélem. 

No final do encontro foi elaborada a carta final da convenção. Além de condenar o bloqueio dos EUA contra à ilha socialista e se solidarizar com a Revolução Cubana, o documento afirmou a defesa de todos os povos oprimidos pelo imperialismo e o apoio na construção do socialismo no Brasil. 

Leia abaixo:

CARTA DA CONVENÇÃO REGIONAL DE SOLIDARIEDADE COM CUBA
BAIXADA SANTISTA - 2023

Nós, de diversos movimentos sociais, partidos, associações e coletivos da Baixada Santista, estamos reunidos na Convenção Regional de Solidariedade com Cuba, em São Vicente, representando as inúmeras correntes progressistas, para demonstrar o nosso apoio incondicional à Revolução Cubana, que completa setenta anos em 26 de Julho de 2023.

Essa convenção ocorre em meio ao recrudescimento da ofensiva imperialista estadunidense contra Cuba. A política de hostilidades do governo Trump implementou medidas e ações inéditas, que se destacaram por seu caráter sistemático. Todas as esferas da sociedade e o cotidiano dos cidadãos cubanos sofreram o impacto destas agressões, acentuadas no contexto da pandemia. Mais de 240 medidas foram contabilizadas. Em sua maioria, constituíram práticas para intensificar o bloqueio com o objetivo de sufocar economicamente o país, subverter a ordem interna, criar uma situação de ingovernabilidade e derrubar a Revolução.

O governo estadunidense atual não revogou a maioria de tais medidas, que vêm provocando danos ao povo com a aplicação de leis extraterritoriais, consubstanciadas no bloqueio genocida, que já afeta a quarta geração de cubanos.  

As ações exercidas contra Cuba não se enquadram na definição de “embargo”, ao contrário, transcendem e tipificam um bloqueio, uma guerra de baixa intensidade, sem bombas e estado de sítio, uma pretensa morte lenta por asfixia, onde afeta-se o comércio, a saúde, a educação, os transportes, as comunicações, a tecnologia, a ciência, a produção energética, a produção industrial, a produção agrícola e, certamente, tudo isso incide de forma desfavorável na qualidade de vida do povo. O bloqueio contra Cuba é uma relíquia da Guerra Fria, mas os componentes desta guerra desapiedada esquentam sempre que os avanços da mobilização popular em Cuba  reafirmam a construção do socialismo. 
Evento foi organizado pela José Martí de Santos | Fotos: MPSC e Pé do Ouvido 
Inseridos nesse quadro de tensão, os problemas migratórios, relacionados às leis promulgadas desde a década de 1960, reafirmam o seu objetivo de transformar o tema em ferramenta de permanente desestabilização. Leis mediante as quais os Estados Unidos admitem a entrada ilegal dos cubanos, - e somente de cubanos - lhes concedem residência e a possibilidade de trabalhar.

A solidariedade com o povo cubano e com o governo de Díaz-Canel é tarefa central dos lutadores de Nuestra América. Defender Cuba, a Venezuela, a Nicarágua e todos os povos afrontados em sua soberania pelo imperialismo é defender a liberdade e a justiça sonhadas por José Martí, o apóstolo nacional de Cuba.

O movimento de solidariedade a Cuba do Estado de São Paulo é parte integrante das lutas pela reconstrução do Brasil, após quatro anos de barbárie e retrocessos em todos os campos, que penalizaram os desfiliados do capitalismo selvagem. 

O exemplo da Revolução Cubana segue inspirando insurgências em todo o mundo. O legado de José Martí, Julio Antonio Mella,  Fidel, Raúl, Che Guevara, Celia Sánchez, Camilo Cienfuegos, Abel Santamaría, Vilma Espín e tantos outros lutadores, que dedicaram as suas existências à libertação dos oprimidos, vive na preservação das conquistas do povo cubano.

Pelo fim das ameaças orquestradas desde fora da Ilha, contra o movimento revolucionário!

Pelo fim do bloqueio criminoso a Cuba!

Vivas os herois da tomada do quartel Moncada em Santiago!

Viva a Revolução Cubana!

São Vicente, 6 de maio de 2023.
Público do encontro | Fotos: MPSC e Pé do Ouvido

Um comentário:

  1. Viva a Revolução Cubana!
    Viva o Povo Cubano!
    Viva Cuba!

    ResponderExcluir