Presidente de Cuba no Instituto cubano Finlay de Vacinas | Foto: Cuba Debate |
Por Sturt Silva
Segunda a revista Fórum, a prefeitura de Belém, capital do Pará, está negociando a compra da vacina cubana Soberana 2. As informações foram dadas à revista por Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, mesmo partido do prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues.
As negociações, que conta com a participação do prefeito socialista, estão sendo feitas junto à Embaixada de Cuba no Brasil.
Reunião em Brasília
Edmilson Rodrigues esteve em Brasília nesta sexta-feira (7) para uma reunião com o Embaixador de Cuba, Rolando Antonio Gómes Gonzáles, em que discutiu o interesse de sua cidade em comprar as vacinas que a ilha socialista vem desenvolvendo.
Segundo apurado pela Revista Fórum, junto à equipe do prefeito de Belém que acompanhou a reunião, a expectativa do governo cubano é aprovar as vacinas definitivamente em seu país entre junho e julho. E logo em seguida submeter os seus imunizantes (Soberana 2 e Abdala) para aprovações de agências de outros países, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em meados de setembro.
Embaixador de Cuba e prefeito de Bélem | Foto: Edmilson Rodrigues |
O prefeito socialista é vice presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), que já tem tratativas para a aquisição da vacina russa Sputnik V, que ainda não foi aprovada pela Anvisa. A ideia é que a aquisição das vacinas cubanas, se aprovadas, seja feita também através do consórcio para que outras cidades, além de Belém, possam se beneficiar.
São Paulo
Além de Belém, a prefeitura de São Paulo também está interessada na vacina cubana. Segundo a Folha de São Paulo já houve duas reuniões entre a prefeitura e o Consulado de Cuba em São Paulo. Até mesmo a possibilidade de criação de uma fábrica em São Paulo para produzir o imunizante cubano foi discutido.
Mais vacinas para o povo brasileiro
O Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba lançou, em março, a campanha "Mais Vacinas - Soberana" com objetivo de trazer a fase três dos ensaios clínicos da vacina Soberana 2 para o Brasil. No entanto as tentativas encontram dificuldades por causas da agenda do governo Bolsonaro.
Em entrevista à revista Diálogos do Sul, em fevereiro, Rolando Gomez, Embaixador de Cuba no Brasil, disse que vários estados brasileiros, principalmente os do Nordeste, têm interesse na vacina.
Cuba desenvolve cinco vacinas contra Covid-19, duas delas, Soberana 2 e Abdala, já está concluindo a fase três dos testes clínicos. Além do território cubano, as vacinas estão sendo testadas no Irã e na Venezuela.
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