segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Ex-presidente do Brasil defende colaboração médica internacional cubana

Futuras médicas cubanas exibem seus certificados durante a cerimônia de formatura em Havana | 
Foto: Antonio Levi/AFP
Por Sturt Silva

O senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL), primeiro presidente do Brasil eleito pelo voto direto depois da ditadura militar-empresarial (64-85), participou na última terça (28), na embaixada de Cuba em Brasília, da celebração dos 61 anos da Revolução Cubana e do 167° aniversário de José Martí, herói da independência de Cuba.

Collor (foto) disse que é contra a política externa ideológica do governo Bolsonaro e defendeu a cooperação médica internacional cubana e o programa Mais Médicos.

Em entrevista à Agência Prensa Latina, o ex-presidente disse que o "Mais Médicos", programa criado em 2013 no governo Dilma, teve ótimos resultados.

Avaliou também que a colaboração médica cubana é um dos alicerce nas relações de Cuba com o mundo.

Ao final, o ex-presidente defendeu que “os médicos cubanos possam voltar ao Brasil e continuar com seu trabalho bem sucedido, sem precedentes, a favor da saúde dos brasileiros".

Resposta de Cuba

 “Os povos da Nossa América e do resto do mundo sabem que sempre poderão contar com a vocação humanista e solidária de nossos profissionais” defendeu a diplomacia cubana no final do evento.

Brasileiros inimigos da Revolução Cubana

Já no lado oposto, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), que pretende criar uma CPI para investigar investimentos e acordos comerciais entre o Brasil e Cuba foi procurada por autoridades dos EUA. O objetivo foi trocar informações sobre o Mais Médicos e também sobre investimentos feitos pelo Brasil em Cuba durante os governos do PT.

Mais Médicos 

Entre 2013 e 2018, dentro do Mais Médicos, cerca de 20 mil médicos cubanos atenderam no Brasil,  chegando a cobrir um universo de até 60 milhões de brasileiros Segundo autoridades da Ilha, atualmente a assistência médica cubana está presente em 65 países com quase 30 mil colaboradores.

De acordo com o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, responsável pela criação do programa, o Mais Médicos foi aprovado pelo Congresso Nacional, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Organização Mundial da Saúde.

O programa Mais Médicos foi dizimado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) antes mesmo de sua posse. O governo de Cuba comunicou, ainda em novembro de 2018, sua retirada do programa devido a declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que anunciou modificações “inaceitáveis” no projeto.

Com informações da Fórum, Folha de São Paulo, Vermelho e Comitê Carioca.

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