"Abaixo a Lei Helms-Burton", protesto no Dia Trabalhador em Cuba | Foto: Cuba Sí |
A Central Unitária de Trabalhadores (CUT) do Brasil condenou o recrudescimento do bloqueio de Estados Unidos a Cuba e a ativação do título III da Lei Helms-Burton contra a ilha caribenha.
"Esse capítulo da legislação estadunidense insulta os trabalhadores e os povos de América Latina", declarou à Prensa Latina Yuri Soares, secretário de Política Social da CUT.
Detalhou que a disposição transgrede o direito internacional ao permitir que cidadãos norte-americanos possam empreender ações legais em tribunais desse país por bens e propriedades nacionalizados pelo Governo de Cuba, em legítimo direito a partir do triunfo da Revolução, em 1959.
Soares qualifica de extraterritorial essa lei "que impede que empresas estabeleçam transações comerciais com a ilha. No meio de uma economia globalizada não pode ser aceitado que Washington se arrogue o direito de decidir com qual país podemos negociar e ter relações", apontou.
Para o dirigente sindical, "a lei Helms-Burton, que entrou em vigor em 2 de maio, tenta estender o bloqueio contra Cuba, mediante chantagens e pressões ilegais de Estados Unidos contra terceiros países, seus governos e empresas, para afogar a economia cubana".
Reconheceu por outra parte que persiste "um momento grave e complicado para todos os trabalhadores dos povos de nossa querida América Latina".
Denunciou que em Brasil, por exemplo, "temos um Governo (o de Jair Bolsonaro) que decidiu fazer uma série de cortes nas políticas públicas e sobretudo no setor educacional. Ataca uma série de direitos do povo brasileiro".
Fez alusão à Nicarágua que sofre uma série de tentativas de golpes por parte de setores conservadores que tentam desestabilizar seu legítimo governo.
E no caso de Venezuela defendeu "uma solução pacífica, democrática e eleitoral ao atual conflito político que vive esse fraternizo país latino-americano".
"Defendemos pelo fim ao bloqueio a Cuba e a lei Helms Burton, e que todos os povos de América Latina possam negociar e transitar livremente entre si. Estados Unidos deve entender que não é o dono de nosso continente, nem do mundo", afirmou Soares.
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