sexta-feira, 19 de abril de 2019

Assim como na Baía dos Porcos, Cuba vai resistir às hostilidades dos EUA, diz Díaz-Canel

Outdoor em Cuba: "Girón, a 1ª derrota do imperialismo ianque na América Latina" | Foto: Fernando Gonzelez/AP
A vitória na Baía dos Porcos, em abril de 1961, motiva e inspira Cuba a resistir à escalada na hostilidade dos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira (18/04) o presidente cubano Miguel Díaz-Canel.

Às vésperas da comemoração do 58º aniversário da vitória contra uma invasão mercenária organizada por Washington na praia de Girón, e algumas horas após a Casa Branca ter anunciado nova medidas para recrudescer o bloqueio econômico, o presidente disse no Twitter que os cubanos “seguirão fiéis” ao histórico legado de Girón.

“O 58º aniversário da vitória de Praia Girón motiva-nos e inspira. Fiéis a seu histórico legado histórico, Cuba e a Revolução Cubana reiteram sua firme determinação de enfrentar e prevalecer ante a escalada agressiva dos Estados Unidos", escreveu.

EUA confirmam aplicação inédita de cláusula da Lei Helms-Burton

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, confirmou na quarta-feira (17/04) que o governo estadunidense irá aplicar o Título III da Lei Helms-Burton a partir do dia 2 de maio, com o objetivo de endurecer sanções econômicas contra Cuba. 

"Efetivamente em 2 de maio, sob o Título III da Lei Libertad [Lei Helms-Burton], cidadãos norte-americanos poderão abrir processos judiciais contra pessoas que negociem em propriedades confiscadas pelo regime cubano", escreveu Pompeo em sua conta no Twitter. 

Criada em 1996, a Lei Helms-Burton foi colocada em vigor para aumentar o bloqueio econômico contra Cuba e sufocar economicamente o país que já sentia dificuldades financeiras com a queda da União Soviética, parceira estratégico da ilha. 

O Título III estabelece a "proteção dos direitos de propriedade de cidadãos norte-americanos" em Cuba, para aqueles cujas propriedades haviam sido expropriadas pelo governo depois da Revolução Cubana.

 A Lei outorga ao presidente dos EUA a autoridade de suspender ou habilitar a aplicação do Título III a cada seis meses. Nos últimos 22 anos, todas as administrações norte-americanas o suspenderam semestralmente. 

Reações Cubanas

Em sua conta no Twitter, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, rechaçou o anúncio de Pompeo e afirmou que é "um ataque ao direito internacional e à soberania de Cuba e de terceiros Estados".

Rodríguez ainda disse que a medida, além de ser um ataque os povo cubano, é contra o povo estadunidense e os emigrantes cubanos nos EUA.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba também lançou uma nota reafirmando que o país "repudia mentiras e ameaças e reitera que sua soberania, independência e compromisso com a causa dos povos da América Latina e do Caribe não são negociáveis".

"A Revolução Cubana reitera sua firme determinação de enfrentar e prevalecer diante da escalada agressiva dos Estados Unidos", conclui a declaração do dia 17 de abril de 2019.

Com informações do Opera Mundi e da Prensa Latina. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário