Parlamento cubano debate o orçamento para 2018 | Foto: Irene Pérez/ Cubadebate |
O governo de Cuba propôs ao Parlamento na última quinta-feira (21) que 65% do orçamento do Estado para 2018 seja direcionado para as áreas de saúde pública e assistência social (27%), educação (21%) e seguridade social (17%).
A iniciativa foi apresentada pela ministra de Finanças e Preços, Lina Pedraza, na Sessão Plenária da Assembleia Nacional, encabeçada pelo presidente cubano Raúl Castro e foi submetida a avaliação prévia das comissões parlamentares.
Segundo a agência Prensa Latina, Pedraza afirmou que os rendimentos do orçamento aumentarão 4,3% em relação a 2017 e as despesas da atividade orçada crescerão três pontos percentuais.
Orçamento de Cuba para o ano de 2018: Saúde e Assistência Social (27%); Educação (21%); Administração Pública e Defesa (19%); Seguridade Social (17%); Dívida Pública (6%); Cultura e Esporte: (5%) e Outros (5%) | Gráfico: Cuba Debate |
Os recursos previstos irão respaldar os serviços básicos à população, exportações, produções que substituem importações e investimentos em infraestrutura, moradia e o enfrentamento dos danos causados pelo Furacão Irma e outros desastres climáticos, frisou a ministra.
“O orçamento denota o paradigma de justiça social e proteção dos direitos humanos que distingue a Cuba, algo inalcançável hoje em muitas partes do mundo”, completou.
Crescimento da economia
Na mesma Sessão Plenária do Parlamento, o ministro de Economia e Planejamento, Ricardo Cabrisas, anunciou que Cuba terminará o ano de 2017 com um crescimento econômico de 1,6%.
🇨🇺Economia de #Cuba cresceu 1.6% em 2017. Setores que mais cresceram neste ano: Turismo (4.4%), Transporte e Comunicações (3%), Agricultura (3%) e Construção (2.8%). Espera-se pelo menos crescimento de 2% do PIB para 2018 https://t.co/jqeg68lBOl— Solidários a Cuba (@blogsolidarios) 22 de dezembro de 2017
Ele explicou que setores como turismo, agricultura, construção, transporte e comunicações foram os principais motores do crescimento do PIB cubano este ano.
Apesar de parecer um crescimento baixo, Cuba sofreu em 2017 com desastres naturais (Irma e outros eventos climáticos como a seca prolongada), os efeitos da continuidade e aumento do bloqueio econômico dos EUA e tensões financeiras que prejudicaram a economia, sem, no entanto, que retrocedesse e diminuísse o cuidado governamental com o bem estar da população.
“No meio das adversidades, a nação soube ajustar às possibilidades reais, conseguiu sustentar os serviços básicos à população e os principais níveis de atividades contemplados no Plano da Economia”, afirmou Cabrisas.
O governo estima um aumento de cerca de 2% do PIB para 2018. O plano econômico deverá ser dirigido especialmente para a recuperação após os desastres naturais e os investimentos para o desenvolvimento de infraestruturas, a potencialização de rendimentos em divisas, a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, o turismo e o transporte ferroviário.
O ministro acrescentou que terão atenção especial também as obras para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia, o sistema elétrico do país, a produção de alimentos, a safra açucareira e os serviços públicos como educação, saúde, cultura e transporte de passageiros.
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