sábado, 23 de dezembro de 2017

Cuba destinará 65% do seu orçamento de 2018 para saúde, educação, assistência e seguridade social

Parlamento cubano debate o orçamento para 2018 | Foto: Irene Pérez/ Cubadebate
Do Dário Liberdade

O governo de Cuba propôs ao Parlamento na última quinta-feira (21) que 65% do orçamento do Estado para 2018 seja direcionado para as áreas de saúde pública e assistência social (27%), educação (21%) e seguridade social (17%).

A iniciativa foi apresentada pela ministra de Finanças e Preços, Lina Pedraza, na Sessão Plenária da Assembleia Nacional, encabeçada pelo presidente cubano Raúl Castro e foi submetida a avaliação prévia das comissões parlamentares.

Segundo a agência Prensa Latina, Pedraza afirmou que os rendimentos do orçamento aumentarão 4,3% em relação a 2017 e as despesas da atividade orçada crescerão três pontos percentuais.

Orçamento de Cuba para o ano de 2018: Saúde e Assistência Social (27%); Educação (21%);
Administração Pública e Defesa (19%); Seguridade Social (17%); Dívida Pública (6%);
Cultura e Esporte: (5%) e Outros (5%) | Gráfico: Cuba Debate
Os recursos previstos irão respaldar os serviços básicos à população, exportações, produções que substituem importações e investimentos em infraestrutura, moradia e o enfrentamento dos danos causados pelo Furacão Irma e outros desastres climáticos, frisou a ministra.

“O orçamento denota o paradigma de justiça social e proteção dos direitos humanos que distingue a Cuba, algo inalcançável hoje em muitas partes do mundo”, completou.

Crescimento da economia

Na mesma Sessão Plenária do Parlamento, o ministro de Economia e Planejamento, Ricardo Cabrisas, anunciou que Cuba terminará o ano de 2017 com um crescimento econômico de 1,6%.


Ele explicou que setores como turismo, agricultura, construção, transporte e comunicações foram os principais motores do crescimento do PIB cubano este ano. 

Apesar de parecer um crescimento baixo, Cuba sofreu em 2017 com desastres naturais (Irma e outros eventos climáticos como a seca prolongada), os efeitos da continuidade e aumento do bloqueio econômico dos EUA e tensões financeiras que prejudicaram a economia, sem, no entanto, que retrocedesse e diminuísse o cuidado governamental com o bem estar da população. 

“No meio das adversidades, a nação soube ajustar às possibilidades reais, conseguiu sustentar os serviços básicos à população e os principais níveis de atividades contemplados no Plano da Economia”, afirmou Cabrisas. 

O governo estima um aumento de cerca de 2% do PIB para 2018. O plano econômico deverá ser dirigido especialmente para a recuperação após os desastres naturais e os investimentos para o desenvolvimento de infraestruturas, a potencialização de rendimentos em divisas, a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, o turismo e o transporte ferroviário. 

O ministro acrescentou que terão atenção especial também as obras para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia, o sistema elétrico do país, a produção de alimentos, a safra açucareira e os serviços públicos como educação, saúde, cultura e transporte de passageiros.

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