quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Parlamento cubano também condena golpe de Estado contra Dilma

Seção do parlamento cubano/Foto Arquivo
Do Vermelho

A Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba (como é chamada a Câmara de Deputados), emitiu uma nota onde condena “energicamente” o golpe de estado parlamentar no Brasil que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff. 

No documento, os parlamentares afirmam que “a decisão dos senadores brasileiros de destituir do cargo a presidenta Dilma sem evidências de crimes de responsabilidade, nem corrução, pesará sobre suas consciências como vergonhosa traição ao povo”. 

A atuação dos 20 senadores que votaram contrários ao impeachment também foi destacada como uma “atitude digna” no documento. Destacam também que grande parte dos parlamentares brasileiros favoráveis ao golpe estão envolvidos em escândalos de corrupção e “carecem de autoridade moral para destituir uma mandatária passando por cima do povo que a elegeu”. 

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No documento, o parlamento cubano também denuncia a cumplicidade e o apoio do imperialismo, de importantes setores oligárquicos internos e externos e dos grandes meios de comunicação para a instalação do clima de insatisfação popular a fim de justificar o golpe. “Pelos anúncios e projeções reveladas, as forças que controlam o poder se encaminham para desmontar os programas sociais de benefício popular, a proteção aos trabalhadores e o emprego, aprofundar as políticas neoliberais e facilitar a extração de recursos naturais a favor das grandes transnacionais”. 

“Admiramos a firmeza e integridade apresentada pela companheira Dilma que em todos os momentos assumiu de maneira digna e valente uma atitude decorosa, ao não renunciar a seus princípios sob nenhuma circunstância”, diz anota. 

A Comissão de Relações Internacionais do parlamento de Cuba convoca os legisladores de todo o continente e do mundo a condenar o golpe parlamentar e reforçar a solidariedade com o povo brasileiro para exigir que a vontade expressada nas urnas por 54 milhões de eleitores seja respeitada.

“Junto a nosso governo revolucionário, ratificamos a solidariedade dos parlamentares cubanos com a presidenta Dilma e o companheiro Lula, com o Partido dos Trabalhadores e outras forças políticas de esquerda aliadas, e expressamos a confiança de que o povo brasileiro defenderá as conquistas sociais alcançadas das políticas neoliberais que tentam impor e do saque de seus recursos naturais”, encerra o documento. 

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