Dilma parabeniza médico cubano Eddi Eduardo Perez Prada durante cerimônia de apresentação do balanço de dois anos do programa. Por Elza Fiúza/Agência Brasil |
Por Luana Lourenço, Agência Brasil
Ao comemorar ontem (4) os dois anos do Mais Médicos, a presidenta Dilma Rousseff agradeceu os médicos estrangeiros que vieram ao Brasil para trabalhar, principalmente aos profissionais cubanos, que foram hostilizados no início do programa. Criado em 2013 para levar médicos a regiões distantes e periferias do país, o programa foi alvo de polêmica e resistência dos profissionais de saúde, principalmente pela possibilidade de contratação de médicos estrangeiros.
“Quero fazer um agradecimento a todos os médicos intercambistas, os médicos que vieram de fora, de outros países, participar de forma solidária conosco. E tenho obrigação de me referir à participação dos médicos cubanos, que deram mostras, junto com governo cubano, de solidariedade, profissionalismo e atendimento absolutamente humanizado”, disse a presidenta para uma plateia de representantes do governo, parlamentares, médicos e estudantes simpatizantes do governo.
“Quero agradecê-los e dizer que vocês estreitam as relações entre Brasil e Cuba. Vocês são responsáveis por uma relação que hoje não está concentrada, está distribuída por todo o território nacional. Em cada um dos municípios em que vocês estão, tenho certeza que vocês têm amigos, pessoas que dedicam a vocês uma grande amizade, fraternidade e os sentimentos mais elevados”, acrescentou.
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Dilma também destacou o engajamento dos médicos brasileiros e lembrou que, este ano, na ampliação do programa, as 4.139 vagas foram preenchidas por médicos brasileiros. “Isso é algo a comemorar porque mostra o efeito positivo do Mais Médicos, que é o bom convívio. É um bom exemplo de que esse programa podia trazer, também para o médico, grandes vantagens", avaliou.
Segundo Dilma, antes do programa, “faltava médico em tudo quanto era canto” e o Mais Médicos conseguiu levar a profissionais a 700 municípios que não tinham nenhum médico, além de periferias de grandes cidades, inclusive das capitais.
A presidenta destacou os números de dois anos do programa que, segundo o Ministério da Saúde, levou 18.240 médicos para trabalhar em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas – beneficiando um total de 63 milhões de pessoas – e disse que o próximo passo é lançar o programa Mais Especialidades, uma de suas promessas na campanha à reeleição. Na cerimônia de hoje, Dilma assinou um decreto que cria o Cadastro Nacional de Médicos Especialistas.
“Para que a gente complete o sistema de saúde pública e dê mais um passo no caminho de estruturação do Sistema Único de Saúde nos importa o atendimento de especialistas, não que ele irá substituir a atenção básica, pelo contrário, a atenção básica resolve hoje 80% dos problemas principais de saúde de uma população, mas temos de ter especialistas, daí o cadastro é importante porque temos que saber quem são, onde estão e o que fazem para a gente ter um segundo passo que é o Mais Especialidades”, disse, sem informar data para lançamento do programa.
Edição: Denise Griesinger.
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