quarta-feira, 10 de junho de 2015

Movimento catarinense de solidariedade a Cuba: considerações sobre a XXII Convenção

Considerações pessoais dos delegados da  Associação Cultural José Martí de Santa Catarina (ACJM-SC) sobre a XXII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba.


Por Denise, Arnaldo, Fredy e Edison

Aconteceu em Pernambuco nas cidades de Recife e Olinda. Nas datas de 04.06.2015 a 06.06.2015. Com uma presença maior de participantes que das últimas convenções.

A pauta misturou interesses do momento histórico que Cuba está passando, com atos culturais como a exposição do pintor pernambucano Hélder Becerra e da Exposição Filatélica “Historia de um povo” de autoria da médica Maria das Graças Oliveira Silva. Poesia e shows, tanto de rua como de palco: Maracatu, Músicos locais da melhor qualidade com Nonó Germano, Claudionor Germano, Guazapa, Liv Moraes, Roberto Cruz e a atração cubana Alexey Martinez. Fechando com a noite cubana com Salsa e Cúmbia.

O momento emocionante e alto foi a presença de Geraldo, um dos cinco heróis antiterroristas cubano, condenado à duas penas de morte e mais 15 anos em prisões estadunidenses. Um homem extraordinário, um revolucionário. Agradeceu os esforços nacionais e internacionais que influenciaram na sua libertação, contou as agruras que vivera. E ao mesmo tempo o coordenador da mesa também agradeceu pelo exemplo e a confiança no futuro da humanidade.

XXII Conasol

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Palestrantes do mais elevado gabarito, propiciaram esclarecimentos e indagações através de perguntas e respostas.

Ficou claro, é que dos últimos acordos de Cuba com Estados Unidos, inicia-se uma série de avanços, o que não significa que o bloqueio terminou. E que questões de ordem interna em Cuba não são negociáveis. As medidas anunciadas em 17 de dezembro passado é de restabelecer-se relações diplomáticas e avançar rumo a um processo de normalização dos vínculos bilaterais sobre a base do respeito mutuo e da observância dos princípios do direito internacional.

Passa-se para uma etapa que buscam soluções às políticas hostis que permanecem e que nesta nova etapa não cessarão. As contradições não vão desparecer, as diferenças políticas que são profundas não vão desparecer, as divergências de concepção também não vão desparecer, as frisões continuam, os problemas continuam. E seguramente o povo Cubano terá de munir-se de novos mecanismos, para lidar com esses problemas, com essas dificuldades.

O presidente dos Estados Unidos usando de suas prerrogativas anunciou um grupo de medidas para modificar a aplicação de alguns aspectos do bloqueio, e é nesse sentido que pode emitir um grupo de regulamentações ordenadas por ele e enunciadas pelos Departamentos do Tesouro e do Comercio para expandir as viagens a Cuba, expandir também a possibilidade de envio de dinheiro e permitir algumas operações comerciais, ainda de caráter limitado, em esferas como as telecomunicações. Continua vigente para Cuba a proibição de utilizar o dólar em transações com outros países, algo que o chefe da Casa Branca pode reverter caso tiver a decisão política para fazê-lo.

Segundo decisões anteriores do presidente Clinton, se tinham estabelecido 12 categorias de pessoas que podiam visitar Cuba, e isso foi o que ficou aprovado por lei, que o presidente pode alargar as viagens a Cuba. Dentro dessas 12 categorias. E isso é o que acaba de fazer Obama.

Outro elemento que é proibido mediante lei do Congresso, e que o presidente não pode mudar, é a proibição para conceder créditos a Cuba para comprar produtos agrícolas. A mesma lei do ano de 2000, a Lei de Reforma, às sanções comerciais, que permitiu vendas limitadas, sob determinadas condições, de produtos agrícolas a Cuba e que a única maneira de comprar era pagando à vista e adiantado. Obama poderia permitir que outros produtos que não são agrícolas, possam ser vendidos a Cuba com crédito. Isso é uma prerrogativa presidencial. Autorizando licenças, que não é proibido pelo Congresso.

Convenção e seminário

Com respeito ao método dos debates dos temas principais temos a impressão que se confunde o que é convenção e o que é seminário. Esperando que na próxima convenção mais participantes delegados possam manifestar-se.

A convenção é um instrumento democrático, independente de partidos, sindicatos e de Estados, das entidades de solidariedade a Cuba, para estimular seus participantes a agir unificadamente na mesma direção, com ampla participação dos presentes, definindo responsabilidades pelas diferentes tarefas, e no final estes participantes elaboram suas resoluções que terão consequências qualitativas pelas tarefas assumidas até a próxima convenção.

O Seminário consiste em uma exposição oral para participantes que possuam algum conhecimento prévio do assunto a ser debatido. A dinâmica do seminário divide-se em três momentos: a fase de exposição, a de discussão e a de conclusão. Trata-se de um produto informativo mais focado, porém parcial. A informação tem normalmente uma única fonte - o orador ou expositor - e, por consequência, pode apresentar certo viés. Usualmente, o orador é um esperto no assunto que está sendo exposto. Os presentes podem fazer perguntas e no final ter conclusões.

Acordou-se que a próxima Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba se realizará em Minas Geris, de aqui há dois anos. No próximo ano teremos uma reunião preparatória, com a participação de um o mais representantes de cada associação por estado.

Levamos as melhores recordações dessa linda cidade que não conhecíamos. Surpreendemos com sua gente amável e comunicativa, sua historia de lutas, sua cultura e sua arquitetura...

Agradecemos e parabenizamos os organizadores da XXII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba por o excelente trabalho e resultados alcançados.

Abraços solidários e fraternos de

 Denise, Arnaldo, Fredy e Edison, delegados da Associação Cultural José Martí de Santa Catarina.

Edição e Revisão: Sturt Silva.

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