Ativista cubano segura cartaz do terrorista Carriles e denuncia presença de mercenários cubanos no evento |
Da ADITAL
Durante a última quarta-feira, 08 de abril, foram registradas ocorrências que desmobilizaram os cidadãos panamenhos, seja pela "excludente” Cúpula das Américas e pelo estado de sítio camuflado por militares protegendo o presidente estadunidense, Barack Obama. A denúncia parte de movimentos sociais presentes na Cidade do Panamá para as Cúpulas dos Povos e das Américas, que reúnem os movimentos sociais e os governantes latino-americanos e caribenhos, respectivamente, em eventos paralelos.
O foco de atenção teria sido a "desesperada” mobilização de representantes da dissidência cubana e venezuelana, que irromperam a soberania panamenha, enquanto o governo descuidou ou admitiu toda manifestacão no Foro da Sociedade civil, realizado no Hotel El Panamá.
Ante esse fato a sociedade civil cubana se manifestou nos prédios e denunciou a presença de mercenários cubanos a serviço dos Estados Unidos, no Foro da Sociedade Civil, da Cúpula das Américas.
Sandra Prieto, educadora popular da Rede de Educadores Populares de Cuba, pertencente ao Centro Memorial Martin Luther King, em Havana, assinalou que "essa não é a sociedade civil cubana, é uma lástima que eles a representem lá dentro, quando os cubanos que estão construindo a sociedade”, por sua vez, não podem compartilhar no Foro seus aportes sociais, suas práticas porque não os deixaram entrar, situação que também apresentaram grupos venezuelanos.
Movimentos protestam pela soberania da América Latina |
Ademais, manifestaram sua solidariedade com o povo panamenho e a defesa da sua dignidade, tendo em vista que dentro do Foro se encontrava Guillermo Fariña, amigo confesso de Luis Posada Carriles. Este é um cubano, nacionalizado venezuelano, ex-agente da CIA, declarado terrorista pelo governo cubano e pelo governo da Venezuela. É acusado de ser o mentor do atentado ao vôo 455, da Cubana de Aviação, em 1976.
Outro dos cenários foi quando distintas organizações do movimento social panamenho se concentraram no Parque Urracá, onde realizaram a mobilização pela dignidade e soberania do Abya Yala [Continente Americano], exigindo o reconhecimento e reparação dos Estados Unidos como responsável pela invasão ao Panamá em 20 de dezembro de 1989 e a limpeza dos antigos polígonos militares dos EUA contaminados com material bélico; a libertação do preso político portorriquenho Óscar López, que está há 34 anos em uma prisión estadunidense por defender a independência de Porto Rico; e a defesa do direito à autodeterminação dos povos contra a intervenção dos Estados Unidos em assuntos internos dos povos do Abya Yala.
Uma grande quantidade de unidades policiais cercaram o grupo que formava a concentração pela dignidade e soberania do Abya Yala, desde antes de que fosse iniciado o ato.
Frente às diferenças entre os dois grupos concentrados no Parque, se chegou a um acordo com o chefe da polícia, para que ambos permanecessem no lugar, cada um em um extremo; no entanto, isso foi descumprido quando o chefe da polícia mudou sua postura e indicou que a concentração venezuelana ficaria até as 8h da noite e que os panamenhos poderiam ficar. Ao perguntar as razões, foi respondido que eles tinham uma carta, que nunca foi mostrada, na qual contavam com a autorização da Prefeitura do Panamá e da diplomacia.
Rafael Benavides, membro do Movimento Independente de Refundação Nacional (Miren), manifestou que "em vista de que os meios locais não quiseram filmar apesar de chamá-los para fazer a denúncia, se recorreu ao bloqueio de rua para que os veículos pudessem vir e, como consequência, houve um universitário deteido, o qual reprimiram, jogaram nele um líquido desconhecido, spray de pimenta no rosto e o levaram preso”.
Com informações de www.radiotemblor.org.
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