Fonte: GRANMA
Fidel e Katiuska Blanco, durante o lançamento do livro em Havana. |
BUENOS AIRES, 22 de abril. — "O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, tem histórias que narrar, que podem ser de muita utilidade para os tempos futuros", afirmou aqui a jornalista e escritora Katiuska Blanco.
Essa foi uma das razões que a inspiraram a escrever Fidel Castro Ruz, Guerrilheiro do Tempo, uma obra lançada sexta-feira, 20 de abril, na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, reconheceu a autora, em entrevista concedida ao jornal Página 12.
"O único que pode salvar a humanidade — acrescentou — é corrigir o rumo e que as sociedades privilegiem o conhecimento e uma vida de harmonia com a Pachamama, como diziam os aimaras".
Interrogada acerca de se na hora de começar sua pesquisa sobre a vida de Fidel Castro, sonhou que o entrevistava, reconheceu que "sonhei que estava num lugar muito boscoso, cheio de floresta, como numa mata, onde o entrevistava".
Lembrou que a primeira visita à casa dele, em 2009, foi quase familiar e falaram das coisas mais cotidianas.
"Falamos de comida, porque ele é um cozinheiro reconhecido. Também de sua preocupação pela preservação do planeta e da espécie humana: de história, política e tradições", relatou. Blanco, também autora de Todo o tempo dos mognos. Paisagem familiar de Fidel Castro Ruz, e de Ángel, a raiz galega de Fidel, sublinhou que ele foi um homem que tratou de preservar o espaço da intimidade familiar da vida pública.
"Isso não é apenas um ato de coragem senão de inteligência", asseverou.
Por outro lado, definiu o líder histórico como um homem delicado e respeitoso, que lhe lembra a maneira de trabalhar de (Honoré de) Balzac, de quem se dizia que trabalhava de noite e corrigia os originais uma e outra vez.
"Fidel é a busca da perfeição da linha em beleza e essência. Tenta ser justo ao falar de um companheiro, porque sabe que sua palavra pesa e o que diga vai ficar na história. Gosta muito do detalhe em temas históricos", acrescentou.
"Desde sempre, apontou Blanco, Fidel teve a decisão de lutar por um destino melhor para as maiorias. Foi um revolucionário que viu cumprir seus sonhos e viveu muitos anos para vê-lo".
"Sempre o comparo com a tule, uma árvore do México com um tronco descomedido; dizem que ao redor de cinquenta pessoas tentam abraçá-la e não conseguem", concluiu. (PL)
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