Secretaria de Relações Internacionais do PT promoveu
debate com esposa e filha de dois dos cinco cubanos
presos por espionagem. Caso é considerado prisão política
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Desde 1998, cinco cubanos cumprem pena nos Estados Unidos, acusados de espionagem e conspiração contra o país. A condenação de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González and René González é considerada um ato de violação dos direitos humanos, uma prisão política realizada pelo governo norte-americano em represália à Cuba.
A Secretaria Nacional de Relações Internacionais (SRI) do PT promoveu um debate sobre o caso, no diretório nacional, no último dia 14. Duas familiares dos presos compareceram, e apresentaram seus relatos sobre a situação dos cubanos desde a prisão até os dias de hoje, na luta pela libertação.
“Esse caso é um absurdo porque evidentemente são cinco são presos políticos. Isso não é o PT que diz. Existem várias resoluções de organismos internacionais comprovando que o julgamento foi viciado e que toda condenação partiu do pressuposto de que Cuba é inimigo dos Estados Unidos”, argumentou a secretária Iole Ilíada, da SRI. “Nossa ação tem sido também de promover um debate amplo na sociedade para dar visibilidade pro caso e mobilizar cada vez mais pessoas, entidades, associações e organizações em prol dessa luta, que é pelo cumprimento de um direito mínimo, o direito à liberdade quando nada se fez” – defendeu Iole.
Adriana Peres, esposa de Geraldo Hernàndez, falou sobre o drama que enfrenta desde a prisão do marido, sem ter tido o direito de visitá-lo na prisão, porque não obtém visto para entrar nos EUA. Aili Labañino, filha de Ramón Labañino também contou a história de privações e aflição desde que o pai foi preso.
As cubanas ressaltaram que existem diversos comitês pela libertação dos presos, espalhados por todo o mundo. Lembraram que em todo dia cinco do mês esses comitês se manifestam, inclusive com o envio de cartas para o presidente dos Estados Unidos – atualmente Barack Obama.
A esposa de Geraldo Hernández, ressalta que 14 anos se passaram se que se tenha provado nenhum delito. “Eles estão injustamente presos. Meu esposo tem uma condenação dupla de prisão perpétua, mais quinze anos. Isso quer dizer que se não houver uma solução humanitária para o caso, não poderei tornar a vê-lo e ele não regressará a Cuba. Durante todos esses anos, não pude obter o visa para visitá-lo na prisão, um direito dele que foi violado. Um direito que temos, como familiares.”
Adriana disse que veio ao Brasil pedir apoio popular, “porque são cinco homens que lutaram pelo bem estar de Cuba”. Ela diz que o caso é uma condenação política e que sem a devida pressão, o presidente Obama não vai oferecer a libertação deles.
Aili agradeceu ao PT pela oportunidade de falar sobre o caso e lembrou que no dia cinco de cada mês, há uma campanha internacional chamada “Cinco pelos cinco”m quando os comitês solidários fazem um grande movimento. “ Eles mandam cartas para Obama e Michelle, e provocam neles a sensação que existe uma campanha pelos cinco. Os meus de comunicação nos fecharam as portas, em muitas partes”, diz Aili, que lamenta ter sido privada do convívio com o pai desde os 14 anos de idade. “Não houver resposta até agora. E é por isso que precisamos acumular as atividades de mobilização, uníssonas”. Acredita que o apoio do PT é importante para fazer com que esse caso seja conhecido.
(Reportagem e tradução: Jamila Gontijo)
Membros da Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil estiverem presentes nesse encontro na sede do PT, e manifestaram o seu apoio incondicional pela liberação dos 5 cubanos presos injustamente nos Estados Unidos.
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