Fonte: PRENSA LATINA
Havana, 17 de abril - Prensa Latina
O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, assinalou que em um futuro imediato a humanidade deverá enfrentar problemas para os quais os povos esperam respostas claras de seus dirigentes políticos .
O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, assinalou que em um futuro imediato a humanidade deverá enfrentar problemas para os quais os povos esperam respostas claras de seus dirigentes políticos .
Na mais recente de suas Reflexões, titulada Dormir com os olhos abertos, aludiu à recém concluída Cúpula das Américas, realizada em Cartagena de Índias, Colômbia, onde se reuniram os representantes oficiais de 33 países deste hemisfério.
A ampla maioria deles, apontou, demanda respostas a problemas econômicos e sociais de grande transcendência que afetam à região do mundo com mais desigualdade na distribuição das riquezas.
Não quero falar das opiniões de milhões de pessoas, capazes de analisar com profundidade e sangue frio os problemas da América Latina, do Caribe e do resto de um mundo globalizado, onde poucos têm tudo e os demais não possuem nada, manifestou.
Chame como se chame, considerou, o sistema imposto pelo imperialismo neste hemisfério está esgotado e não pode se sustentar.
Fidel Castro fez referência à participação do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao qual "o cansaço às vezes vencia, fechava involuntariamente os olhos, mas em ocasiões dormia com os olhos abertos."
Bem longe do brilhante e lúcido pensamento de Bolívar e Martí estão as palavras mastigadas, enfeitadas e repetidas do ilustre prêmio Nobel, ditas em uma ridícula viagem pelos campos da Colômbia, que escutei ontem à tarde, afirmou. De acordo com o líder cubano, essas palavras serviam só para resgatar os discursos da Aliança para o Progresso, de 51 anos atrás, quando ainda não tinham sido cometidos os monstruosos crimes que recaíram sobre este hemisfério, onde Cuba lutou não só pelo direito à independência, senão o de existir como nação.
Sublinhou que as multinacionais estadunidenses jamais renunciarão ao controle das terras, águas, minas, e dos recursos naturais de nossos países.
"Seus soldados deveriam abandonar as bases militares e retirar suas tropas de todos e cada um de nossos territórios; renunciar ao intercâmbio desigual e o saque de nossas nações", expressou.
Segundo Fidel Castro, os colombianos, onde teve lugar a desprestigiada Cúpula, constituem um povo trabalhador e sacrificado que precisa, como os demais, da colaboração de seus irmãos latino-americanos; neste caso, venezuelanos, brasileiros, equatorianos, peruanos, e outros".
Com essa colaboração os países são "capazes de fazer o que os yankis com suas armas sofisticadas, seu expansionismo, e seu insaciável afã material não farão jamais", assinalou.
Como em nenhum outro momento da história, afirmou, será relevante a fórmula de José Martí: "As árvores têm que ser postas em fileira, para que não passe o gigante das sete léguas! É a hora do acerto de contas e da marcha unida, temos que andar em quadro apertado, como a prata nas raízes dos Andes."
Talvez a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) se converta no que deve ser uma organização política hemisférica, sem os Estados Unidos e o Canadá. Seu decadente e insustentável império já ganhou o direito de descansar em paz, considerou.
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