Fonte: PRENSA LATINA
Caracas, 11 set (Prensa Latina) Múltiplas são as ações que são realizadas no mundo hoje para pedir a libertação de cinco cubanos presos nas cárceres dos Estados Unidos há 13 anos por lutar contra o terrorismo.
A Venezuela é um dos países onde se desenvolve um trabalho de informação para familiarizar o povo sobre as irregularidades do processo judicial através do qual Fernando González, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e René González foram condenados sem provas.
Nesse marco, encontram-se nesta capital Olga Salanueva (esposa de René González), Magali Llort (mãe de Fernando González), Nuris Piñero, advogada da família e Graciela Ramírez, Coordenadora do Comitê Internacional pelos Cinco.
Sobre as ações imediatas em solidariedade com o pedido de libertação e a importância do apoio mundial a essa causa conversaram com a Prensa Latina Olga Salanueva e Graciela Ramírez.
De acordo com a esposa de René, toda a ajuda proveniente de qualquer país do mundo, para difundir a realidade ofuscada pelos grandes meios de comunicação, é beneficiosa.
"Apesar de que existam mais de 300 Comitês de Solidariedade no mundo, tem sido difícil a tarefa de divulgar as verdadeiras intenções dos monstros das multinacionais, que silenciam e tergiversan os fatos", afirmou.
Em sua opinião, não basta explicar a injustiça nas Nações Unidas, organizações de direitos humanos ou a favor dos direitos da mulher, já que é necessário ir aos povos e aos movimentos sociais.
Salanueva disse que em outubro próximo irá cumprir 85 por cento da sentença de seu esposo e terá o direito de sair em liberdade supervisionada, por ser cidadão estadunidense.
Nesse sentido, detalhou que a injustiça continuará para além das grades, pois sairá livre, mas deverá permanecer na Flórida.
"A juíza diz que não pode se aproximar de lugares onde frequentam pessoas do crime organizado, mas o obriga a ficar nesse estado, o qual constitui um perigo eminente", disse.
Para ela, o lugar onde deve concluir a liberdade supervisionada é em Cuba, onde vive sua família, que foi vítima de chantagem e à qual as autoridades estadunidenses negam permissão para visitá-lo.
Em outra ordem de temas, assinalou que os meios verdadeiramente comprometidos com sua profissão e com práticas éticas podem ser de grande utilidade na luta pela libertação dos Cinco.
Na sua opinião, as pessoas devem conhecer o caso, as violações cometidas no processo e as faltas em matéria de direitos humanos e familiares e, nesse sentido, a imprensa joga um papel importante.
"Triunfaremos. Eles poderão nos maltratar como têm feito. Verteram todo seu ódio, mas nós somos donos de nossa esperança e a razão nos assiste", concluiu.
Por outra parte, a Coordenadora do Comitê Internacional pelos Cinco referiu-se às ações que se realizarão em diferentes países em solidariedade com a causa dos lutadores.
Entre elas citou uma manifestação de tochas em Buenos Aires, que partirá da embaixada dos EUA e na qual participarão crianças, jovens e adultos, que percorrerão a capital para exigir sua libertação.
Também antecipou que serão realizadas manifestações em frente às embaixadas dos EUA em diferentes países, além da apresentação de documentários, livros e exposições relacionadas com a exigência da libertação dos Cinco.
De acordo com a funcionária pública, essa multiplicidade de ações culturais contribui para ampliar o respaldo, negado pelas emissoras de televisão que trabalham em função dos interesses do território estadunidense.
Para exemplificar suas palavras, Ramírez contou à Prensa Latina que na ocasião de uma exposição de caricaturas de Gerardo, em um centro de arte em Los Angeles, a CNN realizou uma ampla reportagem, nunca difundida por ordens dos superiores da jornalista.
"No entanto, em abril passado essa mesma emissora entrevistou Posada Carriles, autor de crimes como a explosão de um avião da Cubana de Aviácion e da morte de um turista italiano em Cuba por atos terroristas", disse.
A agenda de atividades se estenderá até a próxima terça-feira e inclui visitas a projetos habitacionais e encontros com autoridades de diferentes instituições do estado, entre elas a Assembléia Nacional.
Na jornada inicial se reuniram com a defensora do povo, Gabriela Ramírez e participaram de um ato de solidariedade, realizado no auditório Alí Primeira, do Instituto Nacional de Nutrição, no qual participaram deputados do Parlamento.
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