domingo, 11 de setembro de 2011

Dama$ de Branco: um bom negócio em dólares!


Cuba: EUA tramita milhares de dólares para as Damas de Branco

Cubadebate - [Tradução de Diário Liberdade] WikiLeaks filtrou ontem uma solicitação do dia 31 de julho de 2008 ao Departamento de Estado dos EUA na qual o chefe da Oficina de Interesses dos EUA em Havana solicita novos fundos para dois membros da chamada "dissidência" cubana: Laura Pollán (das Damas de Branco) e Roberto Miranda (do Colégio de Pedagogos).

Jonathan Farrar, então chefe da Oficina diplomática norte-americana em Cuba, pediu pessoalmente 8 mil dólares ao ano para estes dois indivíduos, com o objetivo de "apoiar suas atividades em defesa dos direitos humanos", apesar – e o adverte em sua mensagem – de que o financiamento proveniente de um governo estrangeiro que persegue a mudança de regime na Ilha seja penalizado pela legislação cubana.

"A recepção de fundos desde um governo estrangeiro faz com que um indivíduo possa ser processado e ir à prisão sob a Lei 88", disse Farrar, e sugere o envio por meios clandestinos, como já fizeram em outras oportunidades: "As Damas receberam no passado fundos de 'membros de sua família' nos EUA através da Western Union."


Também recomenda que lhes enviem o dinheiro "em euros ou em outra moeda dura em vez de dólares", para evitar o agravante de trocar os bilhetes pela moeda local.

O cabo 08HAVANA613, cujo título é "Formulário para a solicitação de fundos destinados a organizações em defesa dos direitos humanos em Cuba", assegura que ambos "receberam financiamentos no passado, mas não temos nenhum detalhe sobre as fontes ou as quantidades". Precisa que no caso de Miranda obteve também "ajuda" de "embaixadas amigas".

Farrar recorda em seu informe que "a assistência humanitária" a estas pessoas está permitido pelos regulamentos da Oficina para o Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, em sua sigla inglesa), do Departamento do Tesouro, que regula as exportações a Cuba, e solicita a dispensa de 5 mil dólares ao ano para Laura Pollán.

De acordo com a instrução do ex-chefe da SINA, ela distribuiria seus 5 mil dólares da seguinte maneira:

(A) visitas aos cárceres (transporte e mantimentos): $ 3.600 por ano

(B) medicamentos e mantimentos médicos: $ 400 por ano

(C) apoio a outras pessoas: mil dólares por ano (leia-se Damas de apoio)

No caso de Roberto Miranda, pede 3 mil dólares para:

(A) Alimentação e transporte público: 2.400 dólares por ano

(B) Outros gastos por ano: $ 600

Em 2008, ano em que Farrar envia este novo pedido de dinheiro, uma declaração do Ministério de Relações Exteriores de Cuba denunciava que "o Governo dos Estados Unidos dispunha de 45,7 milhões de dólares para pagar seus grupos mercenários em Cuba e para montar provocações. Este montante forma parte da fatura total de 116 milhões que haviam sido destinados durante a administração de Bush para alimentar a indústria de subversão e a contrarrevolução interna em Cuba às expensas do contribuinte norte-americano".

Para consultar o cabo 08HAVANA613 na página do WikiLeaks, clique aqui.

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