segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Raúl Castro: Mudar a mentalidade para mudanças

Fonte: PRENSA LATINA

Havana, 1 ago (Prensa Latina) O presidente Raúl Castro sublinhou hoje que mudar a mentalidade é indispensável para acometer as mudanças necessárias no país e garantir o irrevocável caráter socialista do processo vivido por Cuba.

Ao resumir a sessão plenária da Assembléia Nacional do Poder Popular, o mandatário referiu-se ao que definiu como doloroso incidente causado por erros que motivaram a destituição injusta de uma funcionária pública, a qual desempenhava seu cargo com bons resultados.

O governante o apresentou como um exemplo do prejuízo ocasionado às pessoas e à própria Revolução por conceitos obsoletos e contrários à legalidade ainda enraizados na mentalidade de não poucos dirigentes em todos os níveis.


A mencionada funcionaria, membro do Partido Comunista de Cuba (PCC), foi destituída por suas crenças religiosas e por ir aos cultos na igreja do lugar de residência.

Raúl Castro definiu a atitude de quem destituíram-na como uma flagrante violação dos direitos cidadãos referendados na Constituição e pelos próprios Congressos do PCC, que garantem o acesso aos cargos de qualquer cidadão sem distinção de raça ou crenças religiosas.

Se ela o desejar pode ser restituida em seu cargo e estas palavras devem servir como um ato de reivindicação moral, sublinhou Raúl Castro.

Mais de uma vez temos dito que nosso pior inimigo não é o imperialismo nem muito menos seus assalariados locais, senão nossos próprios erros e se são analisados com profundidade, se transformam em lições, agregou.

O chefe de Estado apontou que deve se revistar toda este olhar estreito e excludente de maneira definitiva e ajustar à realidade emanada dos acordos do VI Congresso do Partido Comunista.

Faz muitos anos que nossa revolução superou o palco de confronto com algumas das instituições religiosas, etapa onde por ambas as partes se cometeram erros de maior ou menor envergadura, acrescentou.

Recordou as aspirações dos inimigos de Cuba por fomentar confrontos entre os crentes e o processo revolucionário, algo no qual têm fracassado, pois a imensa maioria dos cubanos humildes com crenças religiosas apoiaram à Revolução.

Considero necessário apenas salientar que atitudes como as aqui criticadas atentam contra nossa principal arma para afiançar a independência e a soberania nacional, quer dizer, a unidade da nação, sentenciou.

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