segunda-feira, 9 de maio de 2011

A morte de Soto Garcia, Zapata reloaded?

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Aparentemente, a contra-revolução cubana está tomando gosto por construir mártires. Agora foi com a morte de Juan Wilfredo Soto García, membro de um grupelho contra-revolucionário de Santa Clara. Mas, em menos de 24 horas se soube a verdade sobre este novo intento de orquestrar outra campanha para desacreditar a Revolução Cubana.

Com a habilidade que só pode ser filha da má-fé, o funeral de Soto García foi grosseiramente transformado em outro motivo para gritar insultos contra os líderes da Revolução e provocar as forças de segurança, com evidente propósito de criar uma situação que, como era de esperar, seria aumentada e difundida pela mídia estrangeira.


Colocando em funcionamento a máquina de mentiras.

No domingo, 08 de maio, desde Madrid, a mídia anti-cubana afirmava que Soto Garcia havia falecido "por causa de uma parada cardíaca, dois dias depois de receber golpes (sic!) de vários policiais". Suas fontes não poderiam ser outras senão as conhecidas figuras contra-revolucionárias: Guillermo Fariñas, Martha Beatriz Roque e Yoani Sanchez, cujos relatos não são confiáveis nem para seus empregadores da SINA (Seção de Interesses Estadunidenses, em Havana), como revelou recentemente o Wikileaks.


Apesar do extensa ficha dos três na arte de distorcer os fatos, rapidamente sua versão foi amplificada pela mídia, como o El Nacional, da Venezuela; o colombiano El Tiempo e outros como o La Razón da Argentina, sem falar nos blogs internacionais que são especializados em demonizar Cuba.

Se não foi surpresa as declarações do Partido Popular da Espanha, notório colaborador da extrema direita de Miami, foi ridículo as do governista, Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE).

Em sua ânsia por aparecer como "defensor dos direitos humanos", fez um grande papelaço Marcelino Iglesias, secretário de Organização do PSOE, que "lamentou" a morte de Soto García. Uma declaração de que poderíamos compartilhar, caso se limitasse apenas a isso, mas a questão é que suas palavras foram seguidas de "rechaço a qualquer forma de tortura, neste caso e em todos". Assim, deu todo o crédito para as mentiras espalhadas pelos funcionários do Império.

Curiosamente, Iglesias nada disse sobre os 61 imigrantes provenientes da Líbia, que a OTAN deixou morrer de fome e sede neste fim de semana.


A mentira morreu muito cedo.

Felizmente, desta vez, a verdade superou rapidamente o embuste e do próprio local dos fatos, a repórter Norelys Morales Aguilera fez o mais lógico: entrevistou os médicos que trataram de Soto García.

O doutor Ruben Aneiro Medina, da Sala de Terapia Intermediária do Hospital Arnaldo Milian, de Santa Clara, garantiu-lhe que Soto Garcia morreu "em decorrência de uma pancreatite aguda e insuficiência renal", agravadas por diabetes, hipertensão arterial e miocardiopatia dilatada.

O médico foi enfático em sua declaração de que não encontrou sinais de violência física contra Soto Garcia e que este foi tratado por uma equipe de especialistas de várias disciplinas. Esclareceu, ademais, que o referido cidadão padecia de "diabetes, hipertensão arterial e miocardiopatia dilatada, descompensada por uma pancreatite aguda o que provocou todo um processo complexo, que o paciente não superou".

Porém, não é tudo, segundo a própria Norelys Morales Aguilera, que, deixe-me lembrar, mora em Santa Clara: "Na hora do falecimento de Soto García, nenhum dissidente foi abordado pela polícia, e tampouco havia dois ônibus policiais, como relatado por Martha Beatriz". Ainda, testemunhas também negaram a história das agências de notícias, de que policiais haviam espancado Soto García.

Destes fatos, saltam à vista duas conclusões: a mais óbvia, que a oposição interna não é capaz de sair de seu roteiro definido de desestabilização e subverção, para o qual insistem em produzir mártires a qualquer preço, valendo-se sempre da mentira.

Obviamente, eles não aprenderam a lição da decepcionante fábula dos "golpes" contra Yoani Sanchez; da demonstração que Carlos Serpa Maceira fez, quando servia como agente secreto da Segurança Cubana, enviando notícias falsas à Rádio Marti, como porta-voz qualificado das Damas de Branco; ou a tentativa de fazer em Cuba, uma caricatura dos protestos populares que aconteceram no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, e isso é realmente algo a destacar, foi notável que a Revolução Cubana conseguiu parar de imediato uma potencial bola de neve, que queriam transformar a morte de Juan Wilfredo Soto García, enfrentando desde cedo, a nova tentativa de "recarregar" uma segunda parte da campanha que se seguiu à morte de Orlando Zapata, em 2010.

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