Fonte: Angola Press
Luanda - As autoridades cubanas condenaram o governo dos Estados Unidos da América pela absolvição, no último dia 8 de Abril, do terrorista Luís Posada Carriles de todas as acusações que lhe foram imputadas.
De acordo com uma nota de imprensa da embaixada de Cuba em Angola, a que a Angop teve hoje acesso, o resultado do julgamento de Luis Posada Carriles constitui uma farsa e um insulto ao povo cubano e às famílias enlutadas.
Citando uma declaração do Ministério das Relações Exteriores, a nota indica que “Posada foi julgado por ter um processo migratório e não por terrorismo", sendo contraditório com a política antiterrorista que os EUA dizem defender, causando várias intervenções militar contra outras nações e a morte de milhares de pessoas.
Garante que o governo americano conhece bem as participações de Posada Carriles no sequestro da aeronave cubana em Barbados em 1976, assim como a campanha de bombas em hotéis e locais turísticos em Cuba em 1997, e os seus planos para atentar contra a vida do líder Fidel Castro.
Segundo a declaração, "para todos aqueles que seguiram a tenebrosa trajectória do terrorista e seus vínculos com sucessivos governos norte-americanos, a CIA e FBI, na sua guerra suja contra Cuba, trata-se de uma demonstração adicional do apoio e amparo que históricamente beneficiou dos Estados Unidos".
Questiona se será capaz agora Washington desenvolver um novo processo contra Posada por terrorismo, ou de proceder a sua extradição para Venezuela, que a solicitou há mais de cinco anos, e ao que está obrigado jurídicamente por ser signatário de convênios internacionais, e pela resolução 1373 (2001) do Conselho de Segurança da ONU, que o próprio governo dos EUA promoveu.
O mais paradoxo, segundo a mesma declaração, é que enquanto se exonera a Posada Carriles, cinco lutadores antiterroristas cubanos permanecem injustamente em cárceres norte-americanos por buscar informações sobre as acções dos terroristas de origem cubana que, como Posada Carriles, se passeiam livre e impunemente pelas ruas de Miami.
Cuba reitera que o governo dos Estados Unidos é o responsável principal deste desenlace e apela-o para que assuma as suas obrigações na luta contra o terrorismo "sem hipocrisias nem ambiguidades".
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