segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Medidas dos EUA são limitadas e não modificam bloqueio

O governo cubano considerou "positivas", mas de alcance "muito limitado" as últimas medidas anunciadas pelos Estados Unidos que, segundo Havana, "não modificam" a política de "bloqueio e desestabilização" contra a ilha. Em 14 de janeiro, os EUA anunciaram a suavização das restrições às viagens e envio de remessas de seus cidadãos a Cuba.

"Estas medidas confirmam que não há vontade para mudar a política de bloqueio e desestabilização contra Cuba", declarou neste domingo (16/01) o Ministério das Relações Exteriores cubano, através de um comunicado. Havana também acredita que as novas disposições são "expressão do reconhecimento do fracasso da política dos EUA contra Cuba e que procura novas vias para conseguir seus objetivos históricos de dominação da ilha".

Em essência, os EUA permitirão as visitas à ilha caribenha de estudantes e professores, por motivos acadêmicos, e de grupos religiosos, assim como o envio de remessas, de até US$ 500 trimestrais, a cubanos que não sejam familiares. 

Para Cuba, a Casa Branca se limita, na essência, a "restabelecer" disposições que estiveram em vigor sob o mandato do democrata Bill Clinton e que foram eliminadas pelo republicano George W. Bush a partir de 2003. Além disso, o resultado na avaliação cubana é resultado do "esforço de amplos setores da sociedade norte-americana que durante anos reivindicaram majoritariamente o levantamento do genocida bloqueio contra Cuba e a eliminação da absurda proibição de viagens ao país".

"Todos os obstáculos que entorpecem as visitas dos americanos a Cuba sempre estiveram, e continuam estando hoje, do lado do governo dos Estados Unidos", acrescentou o documento. "Se existisse um interesse real em ampliar e facilitar os contatos entre ambos os povos, os EUA deveriam levantar o bloqueio e eliminar a proibição que faz de Cuba, o único país para o qual os norte-americanos não podem viajar."

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