quarta-feira, 31 de março de 2010

Educação em Cuba: direito humano conquistado

Escola cubana | Foto: AFF/Cuba Debate

Da Prensa Latina 

Os ataques midiáticos da Europa e dos Estados Unidos contra Cuba desviam de maneira intencional a alusão ao sistema educacional na ilha caribenha, que converteu esse direito humano num dos mais sagrados.

Frente a milhões de iletrados no velho Continente, violência com armas de fogo em escolas estadunidenses e exclusões dos sistemas de aprendizagem por escassez de recursos monetários, o sistema de ensino cubano institui-se como modelo.

Para muitas pessoas de todas as partes do mundo, algumas contrárias ao sistema social do país antilhano, o pleno acesso de seus habitantes à educação destaca-se entre as diversas conquistas da Revolução.

Há meio século, entre setembro e junho, as aulas desta nação se contagiam de entusiasmo, alegria e conhecimento.

Segundo cifras oficiais, mais de dois milhões de cubanos nos diferentes níveis de ensino possuem de forma gratuita este curso escolar nos centros educacionais, disseminados pelos 169 municípios da geografia nacional.

Até nos mais inóspitos lugares existem escolas, e várias delas têm um único estudante, mas todas dispõem dos meios audiovisuais necessários para apoiar o processo docente.

Convencidos de contar com um sistema de instrução de amplo reconhecimento internacional, podem encontrar um filho de mãos dadas ao seu pai a caminho do conhecimento ou alguém de mais idade na Cátedra do Adulto Maior [idoso].

Mas Cuba não deixa tudo para si mesma, também leva a luz do ensino pelo mundo, onde, segundo cifras da ONU, cerca de 776 milhões de adultos carecem dos elementos necessários para desenvolver a leitura, a escritura e os cálculos aritméticos.

Os dados indicam que mais de 3 milhões e 500 mil pessoas de 30 países aprenderam a ler e escrever com o método cubano de alfabetização, "Eu sim posso", iniciativa criada pelo líder Fidel Castro e  pela pedagoga Leonela Inés Relis.

Em recente entrevista à Prensa Latina, o ministro de Educação Nacional, Ciência, Cultura, Juventude e Desportos de Guiné Bissau, Artur Silva, elogiou a cooperação cubana para declarar seu país livre do analfabetismo antes de 2015.

"Com o necessário e desinteressado apoio, e o referido método temos o propósito de atingir esta meta e nos convertemos na primeira nação da África sem iletrados", destacou o titular.

É impossível, pontualizou, falar de verdadeira cultura, democracia, participação e liberdade sem mencionar a completa alfabetização do povo.

No entanto, essas concepções parecem desconhecidas para os governantes europeus e estadunidenses ou simplesmente a educação não se encontra entre a lista dos direitos humanos que eles tanto "defendem".

No passado 13 de março, o presidente estadunidense, Barack Obama, advertiu que os Estados Unidos corre o risco de perder sua liderança no mundo se não melhorar o nível da educação do país.

Nossos competidores compreendem que a nação que nos supere em educação amanhã nos avantajará como competidor econômico, considerou o chefe da Casa Branca.

Um comentário:

  1. É impossível […] falar de verdadeira cultura, democracia, participação e liberdade sem mencionar a completa alfabetização do povo.

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