quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Eleições em Cuba: os candidatos são indicados pelo povo

Campanha em Cuba pelo voto consciente | Foto: Otrolunes

Por Iliana Hautrive na Revista Trabalhadores 

Quando das eleições em Cuba, como as que foram convocadas para eleger delegados as Assembleias Municipais do Poder Popular, no próximo mês de Abril, existem milhares de candidatos.

Ninguém fique surpreso com tal realidade, mesmo quando esteja acostumado com outras formas de eleições. Eleições onde existem dois ou três candidatos, representando diferentes partidos políticos, e onde o denominador comum são as campanhas de publicidade, as promessas e o dinheiro para ter preferência no momento da votação.

É o oposto do que ocorre na Ilha. Nacionalmente são mais de 15 mil circunscrições eleitorais e em cada uma delas, existem entre uma e oito áreas de nomeação, onde é o povo que propõe e nomeia os cidadãos que considera com maiores virtudes, méritos e capacidades.

E qualquer um de nós se sente satisfeito com este exercício real de democracia, tendo em conta que se busca a maior quantidade de pessoas nomeadas, para que entre os vários indicados das áreas, de cada circunscrição, seja eleito um.

É a fórmula que aqui temos para, entre outras razões, garantir a máxima qualidade dos eleitos, ao contar com uma ampliadíssima quantidade de candidatos.

Tudo isso sem que intervenham partidos políticos - uma questão superada em Cuba - ou até mesmo os funcionários eleitorais, que foram designados para o serviço eleitoral, e que estão comprometidos, segundo o juramento que fizeram, de atuar com a máxima imparcialidade, não dando lugar às suas preferências ou influências pessoais, impedindo sobressair-se este ou aquele cidadão.

A partir do próximo dia 24 de fevereiro até o dia 24 de março transcorrerá o processo de reuniões para indicar candidatos a delegados. Em cada quadra ou bairro do país, a cena se sucederá, vizinhos se reunirão para propor as pessoas mais humildes, profissionais ou não, sem distinção de sexo, filiação política ou crença religiosa, mas que poderão representá-los bem no governo local.

Assim é em Cuba, onde um sinal inequívoco do caráter democrático das eleições é a participação do povo.

Tradução: Robson Luiz Ceron/Blog Solidários a Cuba.

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