"Obama, o mundo pedi: liberte os cinco cubanos já, presos nos EUA por opor ao terrorismo" | Foto: The Cuban 5 |
Do Brasil de fato
O presidente do parlamento cubano, Ricardo Alarcón, afirmou que o mandatário estadunidense, Barack Obama, pode e deve libertar os cinco anti-terroristas cubanos presos ilegalmente em cárceres dos Estados Unidos.
Em declarações a um grupo de meios de comunicação, Alarcón sentenciou no domingo passado, 12, que enquanto eles (os 5) estiverem presos será impossível a existência de uma relação normal entre Estados Unidos e Cuba, porquanto ficará demonstrado que os Estados Unidos continuam favorecendo o terrorismo contra a Ilha.
Recordou que no caso de três deles, Fernando González, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, a Corte de Apelações deixou sem vigência as duras sentenças ditadas injustamente e ordenou ao tribunal de Miami exarar outras novas em outubro próximo.
Essa Corte descobriu, depois de 11 anos de encarceramento, que se cometeu um erro, porque no havia provas do suposto delito de espionagem assacado aos cubanos e nunca existiu coleta e transmissão de informação classificada pelos sentenciados.
No entanto, recordou Alarcón, cometeu-se o delito de prevaricação ao não estender esse reconhecimento aos outros dois presos, Gerardo Hernández e René González, este último quase a ponto de cumprir os 15 anos de cárcere impostos.
"Obama pode dar solução a este caso retirando as acusações formuladas, como fez em maio passado com três pessoas com as quais se encontrou grande quantidade de informação secreta transmitida a um governo estrangeiro, segundo informou o Wall Street Journal", agregou.
Explicou que se tratava de retirar uma acusação já depreciada unanimemente pela Corte de Apelações e o outro, aplicado a Antonio Guerrero, de conspiração para assassinato, cuja eliminação foi pedida inclusive pelos procuradores do governo durante o julgamento por falta de provas.
“Isto não lhe foi concedido por parte de um jurado amedrontado, com medo, perseguido em Miami para intimidá-lo, como reconheceu uma juíza", ressaltou.
"Obama sabe que sim se pode e esse slogan usado por ele durante sua campanha eleitoral devemos repeti-la todos os dias, e dizer-lhe o senhor pode e o senhor deve libertá-los já", indicou o presidente do órgão legislativo cubano.
Durante suas declarações, Alarcón qualificou de muito fácil para Obama adotar uma resolução deste tipo, pois uma das acusações ficou praticamente anulada pela Corte de Apelações e a outra, seu predecessor, George W.Bush, pediu para retirar diante da falta de provas.
Com relação à juíza de Miami que deverá pronunciar-se sobre a chamada re-sentença ordenada pela Corte de Apelações, Alarcón repisou que deverá voltar a julgar a três seres humanos que passaram 11 anos em prisão e tiveram ali um comportamento extraordinário.
Em resposta a uma pergunta, disse que a cidade de Miami e os Estados Unidos em geral estão mudando, inclusive no aspecto geracional, a exemplo de todo o mundo, porém estão muito distantes de ser esse paraíso idílico que o governo do país, mentindo, disse ser em 1998 quando do julgamento dos cinco anti-terroristas.
Precisou que se se chegar à sentença, sem que outra decisão a nível governamental intercorra, os três incluídos nela devem ser libertados imediatamente, do mesmo modo que René González, já com seu injusto castigo quase terminado.
No caso de Gerardo Hernández, encerrado judicialmente, "temos que abri-lo com quantos recursos se possa, com as mãos, com os dentes, com as unhas, porque, repito, enquanto não for libertado junto aos outros, será impossível uma relação normal entre Cuba e os Estados Unidos", concluiu.
Com informações da TeleSUR.
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