sábado, 4 de dezembro de 2010

Cuba é destaque na prevenção de efeitos de furacões

PNUD destaca exemplo de Cuba em prevenção de furacões    
Fonte: PRENSA LATINA

Cancún, México, 3 dez (Prensa Latina) Cuba é o melhor exemplo em prevenção e gerenciamento de riscos ante a ocorrência de furacões no Mar do Caribe, destacou no México uma especialista em manejo de desastres do Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

  Em declarações à Prensa Latina e à agência da mulher (CIMAC), Jacinda Fairholm, oficial de programas da Iniciativa para o Manejo de Risco no Caribe (CRMI), acrescentou que a ilha antilhana é o país com a menor perda de vidas humanas quando ocorrem esses desastres climáticos.


Cuba tem posto uma enorme força em reduzir esses riscos, explicou a servidora pública do PNUD, depois de indicar que Havana entende como se faz esse trabalho preventivo.

Realizam estudos e mapearam o país com sistemas de informação geográfica, apontou.

Agregou que os cubanos sabem onde vivem as populações vulneráveis e daí que quantidades de pessoas em cada comunidade poderiam ser deslocadas em caso de ameaça ciclônica.

A especialista considerou que outros países como República Dominicana, Guiana, Dominica ou Barbados deveriam intensificar este trabalho preventivo e coordenar seus cientistas, centros de meteorologia e entidades da defesa civil, para atenuar o efeito desses desastres.

De acordo com a pesquisadora, a intensidade e frequência dos furacões na região aumentou pela elevação da temperatura e aquecimento do mar no Ártico.

Fairholm explicou a propósito da Cúpula de Cancún que o aumento desses fenômenos meteorológicos é provocado pelos efeitos da mudança climática, o que afeta com maior frequência as populações insulares de maior risco.

A respeito, comentou que durante a última década a quantidade desses fenômenos naturais tem aumentado, para fazer mais difícil a vida das comunidades nas zonas costeiras.

Pontualizou que ainda que o impacto de tempestades tropicais e furacões está presente por séculos, a mudança climática faz com que os efeitos sejam agora mais profundos, sobretudo quando se trata das populações mais pobres.

A especialista do CRMI expressou que as características específicas da região multicultural caribenha, onde a maioria dos países têm pequenas populações e limitados recursos naturais, fazem com que as desigualdades sejam ainda mais profundas.

Muitos dos Estados do Caribe contam com pequenas populações de até três milhões de habitantes, dependem do mercado global, têm uma alta despesa de operação por tratar-se de populações isoladas e ainda encontram-se na rota direta dos ciclones, afirmou.

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