Em Cuba, o negro é cidadão, é camarada, é ser humano como todos, afirma jornalista | Foto: Desmond Boylan |
Por Vitor Ribeiro
Em 2015, estive pela primeira vez em Cuba. Mas meu primeiro contato com ela devo ao livro “A Ilha” de Fernando Morais, que vendeu mais de um milhão de exemplares só no Brasil, em uma época em que celular e internet ainda não existiam, mas a ditadura ainda não havia sido sepultada. Eu ainda jovem, fui um de seus primeiros leitores, o que só fortaleceu minha admiração pela Revolução e por nosso eterno Comandante.
Mas como foi a minha viagem?
O que mais me marcou em Cuba foi a inexistência do racismo. Da mesma forma que o racismo velado existe no Brasil e se percebe até no olhar, lá a sua inexistência também paira no ar e proporciona uma atmosfera muito diferente. Lá, de fato, o negro é um cidadão, um camarada, um ser humano como todos.
Quando vários médicos negros chegaram ao Brasil, com os Mais Médicos, surpreenderam várias comunidades onde o negro nunca foi valorizado ou teve oportunidades e ou só ocupa funções subalternas.
Mas, ao compararmos a posição dos negros na sociedade cubana e na brasileira, ficamos surpresos ao lembrarmos que a abolição da escravatura em Cuba só ocorreu dois anos antes do que no Brasil. Menos de 800 dias.
A experiência marcante que tive é inversamente proporcional a dos cubanos negros que vieram para o Brasil - o país mais negro do mundo. Vários viveram experiências bastante ruins de discriminação e racismo.
Não são apenas dois anos que separaram a situação dos negros cubanos e dos brasileiros. Aqui no Brasil, ainda vivemos no país mais desigual do mundo, onde o facismo ainda tenta e ousa colocar suas manguinhas de fora. Em Cuba, temos uma Revolução Vitoriosa. Mas não vou ficar contando muito, não. Se você quer saber mais, então ouça meu conselho: Vá para Cuba! Se você é negro ou negra vai sentir uma atmosfera única. Se você não é, vai se maravilhar com as belezas da nossa Ilha querida e seu povo que deixou muitas mazelas da humanidade no seu passado.
Hasta La Victoria Siempre!
Vitor Ribeiro é jornalista.
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