Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o empresário Marcelo Odebrecht falou sobre negócios da sua empresa em Cuba.
Ele afirmou que em relação ao país caribenho o governo brasileiro, na época liderado pelo PT, tinha interesse em ajudar a desenvolver alguns projetos. O ex-presidente Lula defendia a empreiteira na construção de uma estrada. O projeto consistia em exportar serviços do Brasil, gerando emprego, renda e arrecadação. Só que o governo cubano queria a empresa na construção de casas e a Odebrecht acabou entendendo que o melhor para o Brasil economicamente e em termos de exportações de bens e serviços era tocar o negócio do porto.
Para o empreiteiro, a obra de um porto tem muito mais conteúdo que demanda exportação a partir do Brasil: "Para fazer uma estrada ou uma casa, em geral, é mais difícil fazer exportação. No caso de um porto, tem estrutura metálica, maquinário, produtos com conteúdo nacional para exportar do Brasil".
O porto também seria um gerador de divisas internacionais, o que ajudaria a pagar o financiamento. Com o Porto reformado, a economia de Cuba cresceria e ajudaria os negócios de outras empresas brasileiras que estavam investindo no país.
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Marcelo também faz a defesa do banco, afirmando que "em nenhum momento, o dinheiro do BNDES vai para fora. Sempre fica no Brasil. Não é verdade dizer que o BNDES financiava projetos no exterior. O BNDES financiava conteúdo nacional, geração de trabalho no Brasil, que era exportado para o exterior".
Até antes da Lava Jato, segundo o empresário, nenhum projeto que ele se envolveu teve "default".
"Nenhum governo que a gente atuava entrou em default. Era uma coisa que a gente fazia questão de acompanhar, porque sabíamos que podia matar a galinha dos ovos de ouro. Por isso, a gente acompanhava de perto. Agora, depois da Lava Jato, com a destruição que foi feita da nossa imagem no exterior, ficou difícil de a gente ficar no pé dos governos para que os financiamentos fossem pagos", afirma Odebrecht.
Cuba está sendo acusada de dar calote no Brasil. Matéria da Folha de São Paulo fala em atraso de pagamentos. Autoridades cubanas confirmaram que eles existem, mas que Cuba não deixará de cumprir com suas obrigações.
Para Odebrecht, o que o Brasil tinha que pagar para Cuba pelos serviços prestados pelos médicos cubanos era menos do que Cuba tinha que pagar para o Brasil. E ai vem o Bolsonaro e acaba com o "Mais Médicos". O Brasil acabou com a fonte de recurso que ajudava Cuba a pagar o financiamento. Se não tivesse acontecido a Lava Jato, a empresa teria usada sua influência para tentar manter o programa. Não de forma criminosa, mas provando ao governo brasileiro que o "Mais Médicos" é que iria pagar parte do empréstimo cubano com o Brasil.
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