domingo, 16 de junho de 2019

Brasileiros cruzam a fronteira para serem operados por médicos cubanos na Bolívia

Cerca de 61 mil brasileiros já foram atendidos pelos médicos cubanos na Bolívia | Foto: Brigada Médica Cubana
Por Sturt Silva

Milhares de brasileiros estão voltando a enxergar graças ao trabalho de médicos oftalmologistas cubanos que atendem na cidade boliviana de Guayaramerín, localizada na região amazônica, fronteira com o Brasil. 

Segundo a página da brigada médica cubana na Bolívia, os pacientes brasileiros procuram curas para doenças como catarata e pterígio em um centro de oftalmologia que funciona na cidade, desde 2006. 

Para alguns pacientes a viagem pode demorar dias. Depois de atravessar o rio Mamoré, que une a cidade de Guayaramerín com o vizinha brasileira Guajará-Mirim, são examinados por especialistas cubanos no Centro Oftalmológico de Cuba-Bolívia.

Lorenzo Ferreiro, um dos pacientes brasileiros, operado de catarata em Guayaramerín, disse à reportagem da Prensa Latina que além da eficaz do procedimento cirúrgico e do bom tratamento dado pelos cubanos, outro fator que pesa para a escolha é o alto preço de uma cirurgia dessa no Brasil. 

Estou muito agradecido pelo trabalho dos médicos cubanos, acrescentou o paciente, que chegou à clínica acompanhado de sua esposa.
Em Guayaramerín o centro oftalmológico está localizado no Hospital Central | Fotos: Brigada Médica Cubana
No centro de Guayaramerín, um dos cinco que existe no país com participação de doutores cubanos, são atendidos cerca de 100 pessoas todos os dias, sendo que a maioria deles é de idade avançada. Vêm do Brasil, de outras diferentes regiões da Bolívia e também de outras nações como o Peru.

Missão Milagre

Segundo a Doutora Yohandra Muro, coordenadora da brigada médica cubana no país, mais de 60 mil brasileiros já foram contemplados pela "Missão Milagre", um programa médico implantando no país andino com a colaboração de Cuba que já dura 13 anos. Além dos brasileiros, cerca de 600 mil bolivianos, 46 mil argentinos, 25 mil peruanos e centenas de paraguaios e de outras nações foram beneficiados pelo programa.

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