Outdoor: "Por cuba - Eleições Gerais - 2017-2018: Genuína demostração de democracia" | Foto: Mariana Almeida |
Em Cuba, aproximadamente de 7 milhões e 400 mil, que representam 85,6% dos habilitados a votar (segundo informações do Granma de 19 de março), foram às urnas no último domingo (12) para eleger os representantes que, em abril, irão escolher o novo presidente e os maiores cargos políticos do país.
Foram eleitos 605 deputados do Parlamento e os 1.265 delegados das 15 Assembleias Provinciais do Poder Popular. O voto, livre, secreto e facultativo foi exercido em 24.470 colégios eleitorais.
Segundo Alina Balseiro, presidenta da Comissão Nacional Eleitoral (CEN), 94,4% foram de votos válidos e o restante distribuídos entre votos nulos (1,2%) e brancos (4,3%).
Dos 605 deputados eleitos 53% são mulheres, o que converte a Assembleia Nacional Cubana no segundo parlamento com mais mulheres. Também foram eleitos 13% de jovens e 40,6% de pessoas que tem menos de 50 anos. Na composição étnico-racial, 59,5% são brancos e 40,5% são negros e pardos.
Composição democrática do novo parlamento
Dos 605 deputados eleitos 53% são mulheres, o que converte a Assembleia Nacional Cubana no segundo parlamento com mais mulheres. Também foram eleitos 13% de jovens e 40,6% de pessoas que tem menos de 50 anos. Na composição étnico-racial, 59,5% são brancos e 40,5% são negros e pardos.
Em entrevista ao Brasil de Fato, a presidenta do CEN destacou a participação do povo nas eleições legislativas. “Para entender a composição da Assembleia Nacional é preciso entender também o sistema eleitoral cubano. A seleção dos candidatos que participam das eleições nacionais começam na base, com uma assembleia de vizinhos. Isso envolve a participação do povo desde a primeira etapa”, destacou Balseiro.
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Para a presidenta da Comissão Eleitoral, cubanos e cubanas participam de todas as etapas da eleição de forma livre e voluntária.
“Pelo menos 47% dos deputados eleitos são fruto das assembleias dos núcleos de base de cada bairro. O que quero dizer é que isso flui de forma autônoma. Não existe nenhum tipo de pressão, tudo é feito de forma voluntária. As pessoas escolhidas nesses espaços são a própria representação do povo”, completou Alina Balseiro.
Os representantes eleitos neste domingo assumem seus cargos em 19 de abril (províncias) e 25 de março (parlamento nacional), oportunidade em que escolherão o quinto presidente da era revolucionária (o sétimo desde fim da ditadura de Batista). O mais cotado para assumir o posto é o atual vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Ele seria o primeiro dirigente cubano, nascido depois do triunfo da Revolução e o terceiro após a proclamação da constituição socialista de 1976.
Os presidentes da era revolucionária
Depois da queda do ditador Fulgêncio Batista, em 1 de janeiro de 1959, Cuba teve 6 presidentes, sendo que os dois primeiros foram de forma provisória.
Anselmo Alliegro y Milá e Carlos Manuel Piedra ocuparam a presidência nos 3 primeiros dias do ano.
Da esquerda à direita: Manuel Lléo, Osvaldo Dorticós, Fidel Castro e Raúl Castro |
Em 17 de julho, do mesmo ano, assumiu Osvaldo Dorticós, que ficou na presidência até a proclamação da constituição socialista de 1976. Com a nova constituição o cargo de Primeiro-ministro foi extinto e o presidente passou a ser o presidente do Conselho de Estado, eleito pelo parlamento.
Fidel Castro foi eleito como presidente em 2 de dezembro de 1976, passando a ter mandatos de 5 anos e com reeleição ilimitada. Em 31 de julho de 2006 renunciou. O então vice-presidente, Raúl Castro, assumiu o comando do país de forma interina até 2008.
Em 24 de fevereiro de 2008, Raúl Castro foi eleito presidente para uma mandato de 5 anos e reeleito em fevereiro de 2013.
Com informações da EcuRed, Cuba Debate, Opera Mundi e Brasil de Fato.
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