Monumento em homenagem a José Martí em Cuba |
Por Ivette Martínez
José Julián Martí Pérez foi um político, pensador, jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano, criador do Partido Revolucionário Cubano e organizador da Guerra de 1895. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal.
José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, desde sua mocidade demonstrou sua inquietude cívica e sua simpatia pelas idéias revolucionárias que gestavam entre os cubanos.
Influenciado pelo pensamento de seu mestre Rafael Maria de Mendive, iniciou sua participação política escrevendo e distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos Dez Anos.
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Em 1869, com apenas dezesseis anos, publicou a folha impressa separatista "El Diablo Cojuelo" e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". No mesmo ano, passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney". Pouco depois, foi preso e processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis considerados revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos forçados, mas passou somente seis meses na prisão.
Em 1871, com a saúde debilitada, sua família conseguiu um indulto e obteve a permuta da pena original pela deportação à Espanha. Na Espanha, Martí publicou naquele mesmo ano, seu primeiro trabalho de importância: "El Presidio Político en Cuba", no qual expôs as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve na prisão. Nesta obra, já se encontravam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais de sua época. Mais tarde, dedicou-se ao estudo do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da Universidade de Saragoça em 1874.
Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do vilarejo de Dos Ríos, José Martí foi atingido e veio a falecer em seguida. Seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, foi exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.
Há 121 anos da sua caída em combate o pensamento independentista e de integração de Martí mantêm a vigência. Na conjuntura política atual da região, o ideário do herói nacional cubano tem que ser de obrigatória referência, para os que como ele sentem que uma latinoamerica livre de domínio imperial, onde o respeito a dignidade plena do homem, tem que ser a lei primeira e mais respeitada em qualquer nação.
Ivette Martínez é Cônsul de Imprensa do Consulado de Cuba em São Paulo.
Ivette Martínez é Cônsul de Imprensa do Consulado de Cuba em São Paulo.
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