terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Cuba reforça, na IV Cúpula da CELAC, campanha pelo fim do bloqueio dos EUA

Cuba foi sede do II Encontro da CELEC em 2014

A cidade de Quito, no Equador, está sediando de 24 a 29 de janeiro a IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que reúne 21 presidentes dos 33 membros do bloco, ministros de Estado e vice-presidentes. A cúpula foi precedida pela reunião de ministros de Relações Exteriores e coordenadores nacionais, onde se negociaram os documentos que, posteriormente, serão aprovados pelos chefes de Estado e de Governo. Chefiada pelo vice-presidente Miguel Díaz Canel Bermúdez, a delegação cubana trata a reunião da CELAC com especial importância, defendendo a necessidade de fortalecimento da entidade.

“Em meio a um contexto regional complexo e cheio de riscos, é essencial defender a unidade da CELAC como mecanismo indispensável, legítimo, unitário e diverso de concertação política e integração, que tornou possível reunir pela primeira vez, sob um propósito comum, os 33 Estados de nossa América”, destacou o presidente cubano Raúl Castro. A IV Cúpula deverá reafirmar o rechaço ao bloqueio que os Estados Unidos mantem contra Cuba e fará um chamado ao presidente Obama para que comece a flexibilizar a aplicação desse bloqueio. Cuba também espera que a reunião reafirme a posição da CELAC sobre a devolução para o país do território que os EUA ocupam com a base naval de Guantánamo.

A proclamação da América Latina e do Caribe como uma zona de paz, conforme documento aprovado na II Cúpula da CELAC realizada em Havana, estará presente nas atividades do encontro, afirmando o respeito à diversidade como base das relações entre a América Latina e Caribe, e o resto do mundo. A promoção de uma cultura de paz na região, assim como o compromisso de respeitar o direito de cada Estado de escolher o seu sistema político, econômico, social e cultural, são elementos defendidos pelo documento aprovado na II Cúpula da comunidade que, hoje, são considerados princípios indispensáveis.

Estão previstas 24 declarações especiais sobre diversos problemas que afetam a região, entre eles a reestruturação da dívida soberana, a luta contra a corrupção, a segurança alimentar, as mudanças climáticas, a luta contra o terrorismo, entre outros. A Cúpula também dará uma atenção especial aos progressos nas negociações de paz entre o governo da Colômbia e as FARC-EP, e apoiará o direito da Argentina sobre as Ilhas Malvinas no conflito pela soberania do território que mantêm com o Reino Unido. Na sessão final da IV Cúpula, o Equador entregará a presidência da CELAC para a República Dominicana.

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