domingo, 26 de julho de 2015

Com presença maciça de cubanos, Mais Médicos melhora acesso de indígenas à saúde no Brasil

Grupo de 582 especialistas atende a uma população de 666 mil indígenas que vivem em cinco mil 700 aldeias, localizadas a maior parte na zona norte do país

Ministro da saúde em 2013 e médicos do "Mais Médicos". Por Efe
Da Prensa Latina

O programa “Mais Médicos” incrementou a presença de profissionais da saúde nos 34 distritos indígenas especiais do Brasil, o que permite hoje atender a uma população de 666 mil nativos. 

Esta iniciativa, lançada em julho de 2013 pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, constituiu uma oportunidade para contar com 582 médicos nas zonas mais intrincadas e em especial na Amazônia, onde se concentra a maior população de aborígenes desta nação, destacou o secretário de Saúde Indígena, Antonio Alves. 

Graças a este programa, conseguiu-se contar com um maior número de médicos em áreas de difícil acesso, com comunidades que falam um dialeto diferente e de costumes muito próprios, ressaltou. 

Do total de 582 especialistas da saúde, a maioria (292) são cubanos, outros oito são brasileiros graduados no exterior, enquanto o resto nacionais deste e outros projetos de saúde, explicou.

Assista: 
Médico cubano resgata saber indígena na Amazônia
Médicos cubanos atendem a mais de mi comunidades indígenas

Este grupo atende a uma população de 666 mil indígenas que vivem em cinco mil 700 aldeias, localizadas a maior parte na zona norte do país, indicou ao destacar que devido às dificuldades de acesso a essas áreas, os médicos trabalham 30 dias e regressam às cidades durante 15 dias. 

Quando não é possível tratar a um nativo em sua aldeia, deve ser transladado às localidades com hospitais, acompanhados de enfermeiros ou assistentes sociais que se encarregam uma vez curados de retornar às suas aldeias, completou. 

Quando não é possível tratar a um nativo em sua aldeia, deve ser transladado às localidades com hospitais, acompanhados de enfermeiros ou assistentes sociais que se encarregam uma vez curados de retornar às suas aldeias, completou.


A presença dos médicos nestes povos propiciou assim mesmo que seja menor agora o número de pacientes transladados a hospitais, bem como se observa uma redução das epidemias e doenças comuns. 

Para o secretário de Saúde Indígena, o fato de contar com um médico em uma destas comunidades gera segurança e confiança em que algum doente não morra por um simples padecimento. 

Uma característica de Saúde Indígena é respeitar as tradições da cada povo, seus curandeiros e o uso de ervas naturais no trabalho e nesse sentido Alves destacou o trabalho dos cubanos que utilizam também ervas em seus tratamentos. 

"Para eles [médicos cubanos e outros estrangeiros] esta é uma experiência valiosa, porque não há indígena de onde eles vêm e podem aprender muito desta cultura e suas tradições”, enfatizou. 

Segundo dados oficiais, este programa conta com 14.462 profissionais da saúde, dos quais mais de 11.400 são cubanos, que prestam serviços em 3.785 municípios e os 34 distritos indígenas do Brasil.

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