As eleições municipais cubanas levaram 7,5 milhões de cubanos maiores de 16 anos para as urnas no domingo (19), segundo dados divulgados pela Comissão Eleitoral Nacional de Cuba (CNE). A população, que corresponde a 64% da população do país e 88% dos eleitores registrados, compareceu às cabines de votação para eleger 12.589 delegados para as Assembleias Municipais de Poder Popular, primeiro estágio da hierarquia política da ilha – delegados correspondem a vereadores. Em Cuba, o voto é facultativo e mesmo assim as eleições regionais mobilizam grandes massas de eleitores, incentivados pelo governo a escolherem seus representantes.
A eleição aconteceu no dia da celebração da 54ª vitória do povo cubano sobre as tropas mercenárias financiadas pelos EUA, que invadiram a Baía dos Porcos em 1961. A presidente do CNE destacou o aumento da eleição de mulheres, que corresponde a 34% dos delegados eleitos, e de jovens, que preencheram 14% dos cargos. 59,24% dos eleitos são militantes do Partido Comunista, o que mostra, ao contrário do que afirma a grande mídia, que cidadãos que não são membros do PC têm ampla participação na política da Ilha.
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Oposição
Em Havana, dois candidatos independentes e opositores ao governo e regime político cubano disputaram as eleições locais. Em meio a uma maioria de candidatos favoráveis ao regime, o advogado e jornalista Hildebrando Chaviano, de 65 anos, e o técnico em informática Yuniel López, de 26, não receberam os votos necessários para participar das assembleias. Os dois opositores estavam entre os 27.379 candidatos que tentavam vagas no pleito, realizado a cada dois anos e meio na ilha caribenha.
Desde 1976, existe a possibilidade de nomes não alinhados ao governo e ao Partido Comunista disputarem cargos nas eleições, mas, até hoje, nenhum candidato opositor foi escolhido pela população.
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