Médicos, enfermeiros e dentistas trabalhando no exterior também serão beneficiados em até 200% do ordenado
Do Opera Mundi
O governo de Cuba anunciou nesta sexta-feira (21/03) um aumento salarial expressivo para os profissionais da área de saúde do país, que vai beneficiar mais de 440 mil trabalhadores. Entre os beneficiados estão médicos, dentistas e enfermeiros, inclusive os que cumprem missões no exterior.
Segundo nota do governo, o objetivo do aumento, aprovado na última quarta (19) pelo Conselho de Ministros, é contribuir para a “estabilidade e qualidade dos serviços médicos à população, assim como para cumprir os compromissos internacionais”.
Os aumentos, que poderão variar de 100% a quase 200%, serão implementados a partir do dia 1º de junho, tendo como base os salários do mês de maio. As mudanças se aplicarão a muitos dos 50 mil profissionais que trabalham no exterior, 11.400 dos quais foram enviados recentemente ao Brasil para participar do programa Mais Médicos.
De acordo com a imprensa oficial, no caso dos cargos de direção, o salário mensal será estabelecido pela complexidade e responsabilidade envolvidas e será eliminado o pagamento adicional feito atualmente por esses motivos.
O vice-presidente do Conselho de Ministros, Marino Murillo Jorge, disse ainda que também serão eliminados os diversos pagamentos adicionais que são feitos por diferentes motivos. Só serão mantidos, segundo ele, os que realmente são feitos por causa de condições especiais e por anos de trabalho para enfermeiras, prestadores de serviço e operários.
Outro ponto frisado por Murillo Jorge foi o aumento no valor pago pelo trabalho noturno para médicos, dentistas, enfermeiras, técnicos e outros trabalhadores. Nesses casos, o pagamento será dobrado.
A exportação de serviços médicos é uma grande fonte de divisas para o governo cubano, que estima que, em 2014, isso gere US$ 8,2 bilhões, equivalente a 40% de todas as exportações de Cuba em 2013 e a 64% do total de vendas de serviços.
Havana fica com a maior parte da remuneração quando assina contratos com governos estrangeiros para enviar profissionais de saúde. Os trabalhadores que servem no exterior recebem salários entre 200 e mil dólares por mês. Como parte da política de uniformizar o pagamento oferecido aos cubanos em 66 países, o dos médicos que atuam na Venezuela será duplicado.
Por meio de uma nota oficial, o governo cubano informou que “como resultado da reorganização do setor de saúde entre 2010 e 2013, o número de trabalhadores foi reduzido em 109 mil e cerca de dois bilhões de dólares de gastos orçamentares foram cortados, sem afetar a qualidade dos serviços fornecidos, fato que amparou este aumento de salários”.
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