quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cuba integrou Caribe à Celac, afirma presidente haitiano

Por Vanessa Silva no Vermelho

A Celac é o espaço que todos precisávamos. No Haiti a fome, a pobreza e as desigualdades nos impede de progredir, mas sabemos das possibilidades que temos na agropecuária e através da Celac encontramos pessoas que estão interessadas em nos apoiar e alguns fundos necessários para investir nestas áreas”, declarou o presidente do Haiti, Michel Martelly em entrevista ao jornal Granma nesta terça-feira (28).

Foto: José M. Correa

“Cuba fez um trabalho extraordinário na presidência temporária da Celac. As prioridades dos países do Caribe estão sendo levadas em conta. Nos sentimos parte da Celac. Ao nos integrar ao bloco, Cuba nos fez ver que países com diferentes orientações podem se aproximar, sentar-se juntos, discutir e aproveitar as experiências uns dos outros”, enfatizou.

Para Martelly, o bloco integracionista é como uma grande família: “nos dá confiança estar em uma grande família. Creio que Celac como instituição vai sobreviver e vai aportar muitos frutos”.

Solidariedade


A respeito do terremoto que destruiu seu país, o mandatário ressaltou que os US$ 4 bilhões que dizem terem destinado ao Haiti nunca foram entregues ao governo e sim “a ONGs e organizações privadas que se beneficiaram deste dinheiro” que “nunca foi investido em casas para os desalojados, em oferecer-lhes alimentos e água. A reconstrução real tem que ser feita; já a iniciamos, mas ainda há muito por fazer”.

 A solidariedade internacional foi muito importante no país, afirmou o presidente. “A ajuda dos cubanos foi muita depois do terremoto, sobretudo em zonas rurais, onde a maioria das pessoas nem tinha acesso aos serviços de saúde; e também durante a epidemia do Cólera. Hoje em dia estamos trabalhando no reflorestamento, sempre com a ajuda dos cubanos”. Ressaltou também a necessidade de dar conhecimento ao homem haitiano e “neste campo temos os irmãos cubanos que nos ajudam na alfabetização”.

“A inauguração que fiz há alguns dias no Haiti da Praça José Martí evidencia a solidariedade que temos com o povo cubano. Esta praça simboliza a cooperação de nossos países”, afirmou. 

Outros países também se solidarizaram, pontuou. “É importante destacar a ajuda oferecida pela Venezuela; por meio da Petrocaribe, milhares de casas foram construídas e as pessoas que viviam embaixo de tendas hoje em dia têm a possibilidade de viver em casas providas de água, eletricidade. Dos 1,5 milhões que viviam debaixo de lonas, hoje são somente 147 mil. Por meio da Petrocaribe construímos estradas, edifícios públicos que foram destruídos pelo terremoto, estamos também reabilitando vários bairros”.

"Também quero saudar outros países que ajudaram. Entre eles Equador, que ajuda a fortalecer nossa policia, e também no campo dos direitos humanos; Chile, que nos ajuda nas finanças públicas; Brasil, que nos ajuda no campo da energia; Argentina e México que nos ajudaram na construção de vários mercados públicos”, concluiu.

Com informações do CubaDebate.

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