sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Idalys Ortíz: encanto de ouro para Cuba no judô olímpico!

Fonte: PRENSA LATINA  

Desfez o mito asiático, andou com firmeza pelo caminho mais espinhoso e fez crescer o feitiço do ouro para Cuba, mas Idalis Ortíz precisará ainda horas para assimilar sua façanha: campeã olímpica de judô aos 23 anos.

Meu primeiro pensamento para esse povo cubano que tanto nos quer, à minha família, aos que nos apoiaram o tempo todo, aos amigos da França que têm sido como pais para nós, em quem sempre creram, declarou Ortíz à Prensa Latina.

Natural da ocidental província cubana de Piñar del Río e com uma lista de títulos interessante com o bronze em Beijing-2008 e no mundial em 2009 e 2010, a fornida judoca teve que derrubar barreiras que pareciam infranqueáveis.

Em cada combate fui-me convencendo do nível de minha preparação e minhas possibilidades. O pior inimigo era a pressão interna, essa que te diz, se podes, se vais conseguir mas ao mesmo tempo não dá margem aos descuidos, argumentou a flamante titular de Londres.

A poucos metros de Idalys, o professor Ronaldo Veitía, para destacar que a entrega e sacrifício, "fazem destas mulheres Marianas do desporto", em referência a Mariana Grajales, insigne patriota e mãe dos Maceo, destacados lutadores independentistas.

"Nossas gordinhas cubanas, no melhor sentido da expressão, têm sido capazes de oferecer a mais rica história ao judô. Duas de prata de Estela Rodríguez e Daima Beltrán, que animaram a Idalys a superar suas atuações", declarou Veitía.

O premiado treinador, eufórico como nunca, recordou que nestes momentos o judô feminino cubano acaba de completar uma coleção de 24 medalhas em Jogos Olímpicos, uma cifra só superada pelo Japão.

Ortíz desbancou à russa Elena Ivashchenko por yuko e chegou às semifinais. Antes a campeã pan-americana de Guadalajara-2011 no ano passado na categoria com mais de 78 quilos, impôs-se à caboverdiana Adysangela Moniz por ippon.

A cena ficava lista para o choque com a chinesa Wen Tong, titular olímpica e mundial, uma mole de 130 quilos frente os 95 da caribenha. Era como mover uma pesada e enorme rocha. Fazer no tempo regulamentar por yuko com te-guruma.

"Não tinha preferências, sabemos que as asiáticas são sempre muito difíceis. Meu problema era um só: seguir convencida de que não abandonaria minha meta e, graças a Deus, se pôde cumprir o sonho de todos os desportistas", apontou Ortíz.

A japonesa Mika Sugimoto destroçou as esperanças da venezuelana Giovanna Blanco e da brasileira María Costumam Altheman, por ippon e em 48 segundos. Não teve piedade também da britânica Karina Bryant, por wazari.

Nunca tive temor, o público me presenteou suas simpatias e não podia defraudar a ninguém. Era meu momento, e o foi, agregou a piñarenha depois de vencer Sugimoto na Regra de Ouro por hantei (decisão dos juízes) unânime.

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