quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mercadores do esporte se aproveitam dos maus-tratos contra Cuba

Por Oscar Sánchez Serra no Granma

Prendem sete pessoas por tráfico de jogadores de beisebol cubanos; Detidos por facilitar saída de jogadores de beisebol cubanos; Autoridades desmantelam organização criminosa dedicada ao tráfico de pessoas; Buscavam jogadores de beisebol e parentes em Cuba.

Estas manchetes chamavam a atenção sobre uma operação no fim de semana passado*, na República Dominicana, da Direção Central de Inteligência Delitiva (Dintel), que em coordenação com a Procuradoria Geral do país, desmontaram um grupo de sete pessoas que se dedicava a estabelecer contato com jogadores de beisebol em Cuba, tirá-los do país, negociar um contrato para eles nas chamadas Grandes Ligas do beisebol estadunidense e obter por isso altas quantias de dinheiro.

Apesar dos cordões, do desdobramento e da libertação provisória do grupo, o fato não é novo, persiste a ideia de flagelar, de atacar o beisebol cubano. O que aconteceu só confirma que se mantém o assédio, o roubo de talentos e o ataque à nossa bola.

As razões são muito simples: é o esporte nacional, reúne o povo em torno ao campeonato, transborda emoções, como as que acabamos de viver nos play off, faz florescer a alegria e o orgulho de cubanos e cubanas e isso incomoda.

O que nos dizem os nomes de Manuel Antonio Azcona, Edgar Mercedes, Héctor Ferreira, Pedro Delgado, Ernesto Guidi, Roberto Rodríguez ou Yuniel Rodríguez, os sete processados pela DINTEL e pela Procuradoria Geral da República Dominicana.

Nada, eles são os mercadores que se aproveitam de uma linha que, destorcida, tolerada e promovida a partir dos Estados Unidos favorece estes atos delitivos de tráfico de pessoas, amparados nas legislações imperiais como a Lei de Ajuste Cubano.

Lembro em maio de 1999, na coletiva de imprensa prévia ao jogo de Cuba contra os Orioles de Baltimore, naquela cidade norte-americana, quando Luis Ulacia, jogador dessa seleção nacional, respondeu à pergunta: os jogadores cubanos não gostariam de jogar nas Grandes Ligas, e porque são impedidos?

O camagueiano respondeu: "Nós gostaríamos, mas são vocês (Estados Unidos) os que nos impedem. Porque para vir jogar aqui eu tenho que me lançar no mar em uma lancha, deixar a minha família, ou buscar alguém que coloque os meus filhos no mar, negociar com alguém, dar dinheiro? Por que eu tenho que denigrar o meu país e abandoná-lo?".

Os jogadores, técnicos e autoridades esportaivas cubanas têm, e sabem disso, que aperfeiçoar nosso beisebol, pelo que representa para o país, e que passa pela identidade nacional deste povo. Entretanto, por essa mesma cubania não se faria nunca às custas de renunciar aos seus princípios.

Este é um país bloqueado, assediado pela potência mais poderosa do planeta, mas como o Comandante argumentou no dia 4 de maio de 1999: "nunca roubei um único atleta de nenhum país do mundo, e nossos professores e instrutores trabalharam para milhares deles, em muitos países".

* Artigo escrito no dia 04/06/12.

Traducão para o português: Equipe da redacão em português da TeleSUR.

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